04 jun, 2018 - 18:46
O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, admitiu esta segunda-feira o falhanço nas negociações sobre o descongelamento das carreiras dos professores.
Tiago Brandão Rodrigues falava aos jornalistas após uma reunião com os sindicatos representantes dos docentes.
“O que aconteceu é que as organizações sindicais não demonstraram qualquer tipo de flexibilidade ou maleabilidade relativamente a esse tema. Eu próprio estou desapontado por não ter havido nenhuma aproximação. Neste momento, o Governo entende que não existem condições para que se possa chegar a acordo nesta negociação que durou quatro meses”, declarou o ministro.
Questionado se houve um ultimato aos sindicatos sobre o descongelamento das carreiras, Tiago Brandão Rodrigues respondeu que “o Governo não faz ultimatos às organizações sindicais".
De acordo com a Federação Nacional da Educação (FNE) e a Fenprof, o Ministério da Educação era: ou os sindicatos aceitam contabilizar menos de três anos de serviço, dos mais de nove congelados, ou a tutela retira a proposta.
Face a essa proposta, e depois da reunião, Mário Nogueira, da Fenprof, contactou as outras estruturas sindicais, a FNE e a Stop, e todas chegaram a acordo para manter a greve às avaliações a partir do dia 18. O pré-aviso dessa paralisação já tinha sido entregue.
Ficou ainda acordada entre as estruturas sindicais a hipótese de os professores virem a avançar para uma outra greve aos exames nacionais, bem como às aulas que ainda estarão a decorrer até ao final do ano letivo, a par das tarefas burocráticas que lhes competem, como, por exemplo, o lançamento de pautas.