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padre jardim moreira

"Pobreza não é uma fatalidade" nem se resolve com "ajudas ou esmolas"

15 jun, 2018 - 13:46

O presidente da Rede Europeia Anti Pobreza reage ao relatório da OCDE sobre mobilidade social, divulgado esta sexta-feira, apontando que não há "intervenção estrutural" no combate à pobreza.

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O presidente da Rede Europeia Anti Pobreza (REAP), padre Jardim Moreira, lembra que "a pobreza não é uma fatalidade" e, se existe, é porque não há "intervenção estrutural".

"A pobreza não é uma fatalidade. A pobreza é uma conclusão de opções políticas", diz à Renascença o padre Jardim Moreira, numa reacção ao relatório da OCDE sobre mobilidade social, divulgado esta sexta-feira.

"Temos a consciência de que a pobreza hereditária tem esse efeito de se prolongar e multiplicar e isso acontece na medida em que temos uma tradição social e política de não intervir nas estruturas geradoras da pobreza para a eliminar através de uma intervenção estrutural”, acrescenta o sacerdote.

Jardim Moreira sublinha que "a pobreza não se resolve com pequenas ajudas ou pequenas esmolas" e em Portugal, "mesmo depois do 25 de abril, as politicas sociais relativamente à pobreza não foram alteradas".

O presidente da REAP é também pároco, há várias décadas, de São Nicolau e Vitória, no Porto, e considera que, além de resultado de "opções politicas", a pobreza é também um efeito de atitudes "religiosas".

"Infelizmente, tenho dificuldade em ver que os responsáveis das comunidades cristãs empenharem-se de uma forma ativa na dignificação fraterna dos seus membros que estão mais excluídos. O Papa apela, constantemente, para olharmos para as periferias, mas, se calhar, vamos lá e voltamos ao nosso conforto. É preciso tirar as pessoas das periferias, ou seja, da sua indignidade, e dar-lhes a possibilidade para que elas vivam em família e na grande comunhão cristã", remata o padre Jardim Moreira.

Comentários
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  • Demo
    18 jun, 2018 alenquer 16:32
    Todo mundo sabe que a pobreza se combate com a escolaridade adaptada e eficaz, politicas de crescimento económico adequadas.O saque de transferência e a religiões pela sua irracionalidade não ajudam nada.Afuguentam quadros qualificados e investigadores de renome , empobrecem e levam ao fundamentalismo religioso e politico.O ISIS,AL-Queda tranferencias empresa,,etc são disso exemplos flagrantes.
  • JOAQUIM S.F. SANTOS
    15 jun, 2018 TOJAL 19:44
    (Temos a consciência de que a pobreza hereditária tem esse efeito de se prolongar e multiplicar e isso acontece na medida em que temos uma tradição social e política de não intervir nas estruturas geradoras da pobreza para a eliminar através de uma intervenção estrutural, acrescenta o sacerdote.) Parece falar verdade, porém muita da nossa pobreza vem desta casta de eclesiásticos que se desleixou do culto Divino, para se entregar ao culto social. A nossa pobreza ou riqueza hereditária vem das consequências dos nossos pecados e dos pecados dos nossos antepassados, os quais acarretaram maldições à sua descendência. É bom libertarmo-nos destas maldições, tendo em conta que a ruína material de muitas famílias, sociedades e até lugares onde vivem, vêm da inveja, do ocultismo, do desejo doentio do dinheiro, do adultério, da fornicações, da luxúria, do aborto, da prostituição, da homossexualidade, do lesbianismo, do incesto, dos abusos sexuais e a outras impurezas em geral que induzem maldições nas gerações futuras e as leva a viverem na miséria. Estas e outras maldições e apegos herdados através da nossa Árvore genealógica: Paterna e Materna são cada vez mais visíveis pois o pecado se banalizou tudo é normal, não há inferno, só perdão. Só a Eucaristia tem poderes para nos libertar das maldições ancestrais, a melhor forma de o fazer é participar em 33 Eucaristias seguidas, oferecendo-as, no momento da consagração, ao Pai Celeste, pela libertação dos nossos antepassados falecidos.

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