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Marcelo. Portugal metropolitano acordou para 'Portugais' desconhecidos

16 jun, 2018 - 18:57

Chefe de Estado considera que estes fogos foram lições a partir das quais se montou "um sistema diferente de prevenção e resposta".

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O Presidente da República diz que uma das grandes lições a retirar do incêndio que deflagrou há um ano em Pedrógão Grande foi o despertar de um "Portugal metropolitano" em relação aos 'Portugais' desconhecidos.

"Houve um Portugal metropolitano que acordou para os 'Portugais' desconhecidos, os Portugais' do interior, que são vários. Começou a acordar em junho e depois continuou a acordar em outubro", disse o chefe de Estado, em declarações aos jornalistas à chegada a Castanheira de Pera.

Marcelo Rebelo de Sousa frisou que a seguir à tragédia de junho de 2017 em Pedrógão Grande "houve uma outra tragédia" em 15 e 16 de outubro, resultando do somatório destes fogos "uma consciência muito mais aguda de problemas como os atrasos económicos sociais, culturais, o problema da floresta, questões adiadas em termos de estrutura florestal, capacidade de prevenção, capacidade de resposta".

Em declarações antes da sessão de apresentação do projeto "Pinhal de Futuro", que faz o acompanhamento psicológico de crianças e adolescentes dos 6 aos 18 anos afetados pelos incêndios de 2017 na região, o chefe de Estado disse que estes fogos foram lições a partir das quais se montou "um sistema diferente de prevenção e resposta".

Marcelo adiantou que após os relatórios da comissão técnica independente nomeada pelo parlamento para analisar os maiores fogos ficaram "pouco mais de seis meses para a resposta que era preciso dar".

"E dentro desse espaço de tempo acho que todos fizeram o que podiam. Limpou-se o que se podia limpar. As autarquias, a GNR em termos de reforço de meios, as Forças Armadas, [fez-se] o que era possível fazer na Proteção Civil, uma vez que a reforma de fundo é mais para o futuro do que neste ano transitório", enumerou.

O Presidente lembrou ainda que, além da reconstrução de habitações destruídas, "as pessoas mudaram a sua cabeça substancialmente".

"E perceberam que não é só não repetir o que aconteceu, é ter um Portugal que não funcione a tantas velocidades e tão desiguais", argumentou.

O incêndio que deflagrou há um ano em Pedrógão Grande (distrito de Leiria), em 17 de junho, e alastrou a concelhos vizinhos provocou 66 mortos e cerca de 250 feridos.

As chamas, extintas uma semana depois, destruíram meio milhar de casas, 261 das quais habitações permanentes, e 50 empresas.

Em outubro, os incêndios rurais que atingiram a região Centro fizeram 50 mortes, a que se somam outras cinco registadas noutros fogos, elevando para 121 o número total de mortos em 2017.

Comentários
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  • Virgilio
    17 jun, 2018 Lisboa 11:19
    A constituição de quadros especializados com formação de alto nível para atuar no terreno e quadros de elite nos lugares de decisão serão a única solução o amadorismo e escolhas politicas deu no deu.O resto é politiquice caseira eleitoralista e sem resultados práticos se tivermos as mesmas condições climatéricas-dizem os cientistas nesta matéria-As limpezas foram para entreter não resultam em condições semelhantes e portanto há q ativar processos de retirada população em devido tempo pra evitar mortes.
  • Agostinho V Couto
    17 jun, 2018 Linden, Nova Jérsia, Estados Unidos 00:45
    Mais selfies ,,beijos ,,palavrinhas doces ,,,accao ,,,,,simplesmente ,,zero e so fantochada para ,,portugues ,,saloio ver e bater palmas ,,,como diz o velho ditado ,,com bolos e ,,contos se enganam ,,os tontos ,,tal e qual ,,sem por nem tirar ,,,
  • fanã
    16 jun, 2018 aveiro 20:06
    Porquê " Portugais desconhecidos" ?????.................. Os Portugueses do interior não precisam de serem tratados de "Portugais", são Portugueses e ponto final !.......... Saloísmo nada mais , ou não sabe o que diz o SR. "President"!...

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