18 jun, 2018 - 11:55 • Henrique Cunha
O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, pede a intervenção do primeiro-ministro no diferendo existente entre as estruturas sindicais dos professores e o Ministério da Educação.
"Peço publicamente ao primeiro-ministro que olhe para o caos em que está a Educação. O ano letivo foi relativamente calmo, mas este final de ano está a transformar-se num final muito difícil", apela Filinto Lima.
"É um problema que já ultrapassou a esfera do Ministério da Educação e tem de ser o primeiro-ministro a liderar a resolução", reforça.
Para Filinto Lima, aquilo que se está a passar "vai ter repercussões, se o problema não for solucionado a curto prazo, no arranque do próximo ano letivo".
"Há muito trabalho burocrático que deixa de ser realizado ou a sua realização é adiada dia após dia", adverte.
O presidente da ANDAEP lembra que "há muitas escolas que não têm qualquer conselho de turma realizado" e, sabendo-se que "a greve que começou hoje foi convocada pelas duas principais federações sindicais, FENPROF e FENE, haverá mais professores em greve", o que terá como consequência "a não realização das reuniões de avaliação”.
Os professores começaram, esta segunda-feira, nova greve às avaliações por causa da questão da contagem integral do tempo de serviço congelado.
A Fenprof, uma das dez estruturas sindicais que convocaram a paralisação, avisa que se não hover respostas positivas do Governo, esta não será uma paralisação só de um dia ou de uma semana. Já há pré-avisos entregues até meio do próximo mês, ou seja, a greve tem pré-avisos diários, o que significa que os professores podem decidir parar num dia e não noutro.