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Ministério da Saúde quer reduzir para 4% número de utentes sem médico de família

18 jun, 2018 - 17:39

É essa a meta para dezembro, a caminho da cobertura total até ao final da legislatura, em 2019.

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O Ministério da Saúde calcula que a percentagem de portugueses sem médico de família atribuído desça para 4% até ao final deste ano e prevê que, no mesmo período, passem a existir 532 unidades de saúde familiar (USF).

No final de um encontro com dirigentes do Ministério da Saúde esta segunda-feira, o ministro Adalberto Campos Fernandes mostrou-se satisfeito com os indicadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS) relativos a 2017 e destacou que o país tem hoje "a percentagem mais baixa de portugueses sem médico de família", um número que pretende que seja reduzido ainda mais até dezembro.

"No final deste ano prevemos ficar com 4% de utentes sem médico de família", disse aos jornalistas, lembrando que no ano passado eram 7% os utentes sem clínico de família atribuído. O Ministério promete ainda atingir a cobertura total no final da legislatura, em 2019.

Segundo dados apresentados hoje pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), em 2017 havia 711 mil utentes sem médico de família, quando em 2016 eram mais de 767 mil e em 2015 ultrapassavam um milhão.

Quanto à evolução das unidades de saúde familiares (USF), em 2017 havia 495 unidades constituídas e o Ministério calcula que até ao fim deste ano passem a existir 532, um acréscimo de 37.

De 2016 para 2017, só foram constituídas 16 novas USF, que são unidades com um modelo de gestão e assistencial mais evoluído. No ano passado, menos de 60% dos utentes estavam inscritos em USF.

Para o final da legislatura, no final do próximo ano, o Ministério da Saúde prevê ter 549 USF formadas, a única forma de cumprir um dos compromissos estabelecidos no programa do Executivo de ter mais 100 USF do que em 2015.

Dos vários indicadores hoje divulgados pelo Ministério, o ministro da Saúde destacou que "demonstram mais atividade, mais acesso, mais respostas e um SNS melhor".

"Estamos muito satisfeitos. Apesar das dificuldades, o SNS tem respondido muito bem", disse. "Temos uma história positiva para contar. Hoje o SNS aproxima-se de um número histórico de profissionais, praticamente 140 mil. Estamos a conseguir alcançar o objetivo que é deixarmos em 2019 um SNS melhor do que aquele que encontrámos."

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