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Reabilitação do IP3 entre Coimbra e Viseu vai custar 134 milhões

02 jul, 2018 - 07:13

A requalificação entre Viseu e Coimbra deveria durar três a quatro anos. Após a intervenção, o tempo de viagem deverá ser reduzido em um terço.

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O primeiro-ministro preside esta segunda-feira à cerimónia de lançamento dos concursos de empreitada para a reabilitação do Itinerário Principal 3 (IP3) entre Coimbra e Viseu.

O evento realiza-se às 10h20, junto ao nó de Raiva, Penacova, no IP3, anunciou a Infraestruturas de Portugal.

A cerimónia prevê o lançamento dos concursos de empreitada para a reabilitação do IP3 entre o nó de Penacova e a Ponte do Rio Dão, e para o Projeto de Execução para Duplicação do IP3 entre Coimbra e Viseu.

Em 4 de maio, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, explicou que a requalificação deveria durar três a quatro anos. Após a intervenção, o tempo de viagem deverá ser reduzido em um terço.

A primeira intervenção, que já conta com projeto e avaliação de impacto ambiental, deverá arrancar em 2019, entre o nó de Penacova e o nó da Lagoa Azul, que abrange a zona mais crítica do IP3, na zona da Livraria do Mondego, disse também na altura Pedro Marques, que falava aos jornalistas após uma apresentação à porta fechada do projeto aos autarcas da Comunidade Intermunicipal (CIM) de Viseu, Dão e Lafões.

O ministro sublinhou que 85% do traçado vai ficar com perfil de autoestrada - com duas faixas em cada sentido -, quando hoje o IP3 apenas tem um quinto da via com esse perfil.

Mesmo assim, nos 15% onde não haverá um perfil de autoestrada, haverá, "em quase a totalidade", duas faixas num sentido e uma no sentido contrário.

No total, só "3% do troço poderá ter de permanecer apenas com uma faixa para cada lado", nomeadamente nas pontes, onde ainda vai ser avaliado se há condições "para algum tipo de alargamento", explicou o ministro.

Pedro Marques sublinhou que a alternativa à requalificação do IP3 passaria pela "construção de autoestradas com portagens, que onerariam as famílias e as empresas".

Questionado sobre a possibilidade de, no futuro, o IP3 ser transformado numa autoestrada, como aconteceu no IP5, o ministro assegurou que o Governo "está a fazer esta obra assim para não transformar o IP3 numa autoestrada com portagens".

O IP3 vai ficar totalmente reabilitado até 2022. A obra vai custar 134 milhões de euros

Comentários
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  • Pedro Bento
    26 abr, 2019 Leiria 00:50
    Já custou bem mais em vidas ao longo de décadas. A inércia da administração pública neste assunto é gritante. Passei por lá hoje e pude constatar que pouco difere da ratoeira que levou o nosso grande a amigo, Félix Lopes, há mais de 20 anos. Na nossa terra nunca mais será substituído.
  • JRS
    02 jul, 2018 Coimbra 16:33
    O que está previsto é o aproveitamento de uma estrada já existente. Desde que não haja portagens, nada tenho a opôr a esta obra por princípio. Considero que a melhor solução teria sido sempre construir uma auto-estrada por um traçado novo a norte da Serra do Buçaco (o traçado proposto para a Auto-estrada do Centro em 2008) e deixar o atual IP3 como alternativa gratuita às portagens que eventualmente existissem nessa AE (à semelhança do IC1 que é alternativa à A2 ou do ex-IP4 que é alternativa ao Túnel do Marão). A requalificação do atual IP3 é a solução mais barata, mas questiono a necessidade de aumentar o número de vias em tão grande extensão. Inicialmente a descida do Botão tinha 4 vias, 2 para subir e 2 para descer, e por volta de 2003 a 2.ª via na descida foi eliminada devido aos brutais acidentes que lá ocorriam. Querem outra vez duplicar a descida do Botão? Ou duplicar a descida do Vimieiro ou do Faíl? Sem dúvida que o IP3 necessita que em muitos casos se aumente a largura das atuais vias de circulação (algo que devia ter sido feito quando foi colocado o separador central), e nalguns casos pontuais justifica-se aumentar o número de vias (evitar as situações, no final dos nós, onde passa repentinamente de 3 vias para 1), mas transformar 85% do traçado para 4 vias? Acho que não tem sentido e perigoso pelo cheiro a portagens. Certamente que muitos utilizadores da portajada A25 têm hoje saudades do velhinho IP5, espero que um dia não venhamos a ter saudades do atual IP3.

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