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​Fenprof​ considera "mau sinal" convocatória que mostra inflexibilidade do Governo

03 jul, 2018 - 20:27

Sindicalista Mário Nogueira parte pessimista para encontro com o Ministério da Educação sobre o descongelamento das carreiras.

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O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, defende que a convocatória para a reunião com o ministro da Educação, no próximo dia 11, mostra inflexibilidade do Governo ao insistir nos 70% do tempo de carreira, o que é "um mau sinal".

"Parece-nos, pela convocatória que recebemos, que o senhor ministro da Educação já pretende estabelecer balizas sobre aquilo que quer discutir, nomeadamente, em relação ao tempo de serviço, e o que já tem feito, que é uma reinterpretação do compromisso de novembro", disse Mário Nogueira aos jornalistas, após uma reunião com a presidente do CDS, Assunção Cristas.

Para o líder da Fenprof, e de acordo com "uma primeira apreciação", esse enquadramento da convocatória para o encontro é "um mau sinal", com o Governo "numa posição de alguma inflexibilidade dizer que são 70% dos nove anos, quatro meses e dois dias e, portanto, o seu tempo são dois anos, nove meses e 18 dias, desrespeitando a lei e até o compromisso".

"Confunde, como tem feito sempre, aliás, as chamadas três variáveis da recomposição da carreira com as variáveis da negociação. O compromisso que assinamos estabeleceu para a recomposição da carreira dos professores três variáveis: o tempo, o prazo e o modo. E vem identificar as duas variáveis que são de negociação, que são o prazo e o modo, que são vertidas para o orçamento, para o 19.º, como objeto de negociação", sustentou.

O tempo de carreira não está em negociação, frisou Mário Nogueira.

As estruturas representativas dos professores receberam a convocatória para o encontro enquanto estavam reunidas com a presidente do CDS, Assunção Cristas, e as deputadas Ana Rita Bessa e Ilda Araújo Novo, na sede do partido, em Lisboa.

As reuniões que solicitaram às direções dos partidos têm decorrido desde a semana passada, faltando "uma muito importante", o PS, além do PEV e do PAN, assinalou Mário Nogueira, que faz um "balanço positivo" dos quatro encontros que já decorreram, com o PSD, BE, PCP e CDS-PP.

O encontro com os socialistas ainda não foi marcado, sublinhou o líder sindical.

Acerca da consulta aos professores que está a decorrer e será apresentada na quinta-feira, Mário Nogueira acrescentou que, "num primeiro olhar para os dados", os professores "confirmam o seu acordo com as posições e estratégia de negociação e luta destas 10 organizações".

Os docentes reclamam a contagem de todo o tempo de serviço, no âmbito do descongelamento das carreiras da administração pública, bem como um regime especial de aposentação e uma redefinição dos horários de trabalho, entre outras questões laborais.

Os professores estão há três semanas em greve às avaliações, com uma adesão a ultrapassar os 90%, de acordo com os sindicatos, tendo iniciado mais uma semana de greve, desta vez com serviços mínimos decretados para as reuniões dos 9.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade.

Comentários
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  • Jorge
    04 jul, 2018 Seixal 16:21
    Os chantagistas dos professores, e outros, com os argumentos de promessas não cumpridas – como se as promessas dos políticos fossem todas cumpridas. Já se esqueceram das promessas do incompetente do Passos Coelho na campanha eleitoral para as legislativas de 2011- estão a querer aproveitar-se do orçamento geral do estado que está a ser elaborado para o ano das eleições. O desespero do sindicalista Mário Nogueira, conotado como subserviente do PCP, ao aperceber-se que a opinião pública não está do lado dele, até reuniões faz com o PSD/CDS para tirar partido do apoio ideológico da direita portuguesa. Todos querem sentar-se na manjedoura do orçamento, à conta daqueles que criam riqueza e dos impostos pagos por todos nós, independentemente dos prejuízos que acarretem para o país. Os professores, são das classes trabalhadoras do estado mais bem pagos, mas nunca estão satisfeitos, estão constantemente a revindicar mais mordomias, mais dinheiro e menos horas de trabalho, sem reflexo nenhum no aproveitamento escolar dos alunos. Os outros, os enfermeiros, a hipocrisia chega ao ponto de fazerem greve para revindicar 35 horas semanais de trabalho, depois de o conseguirem, começam a fazer greve às horas extraordinárias e revindicar mais pessoal, para colmatar o facto de trabalharem menos horas. Tenham vergonha.
  • prof
    04 jul, 2018 c. 08:06
    A classe de professores não esquece na altura das eleições............
  • António dos Santos
    03 jul, 2018 Coimbra 21:33
    Os chulos e incompetentes dos professores, não acabam com a vigarice de querer levar o país, para uma crise? Esta pergunta também serve para os médicos, enfermeiros e magistrados e a função pública em geral. Querem a política da terra queimada. DEIXEM DE CHULAR O PAÍS!

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