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Suspeitas de corrupção motivam buscas às instalações da ADSE em Lisboa

03 jul, 2018 - 13:07

Ministério Público confirma realização de buscas domiciliárias e não domiciliárias. Em causa está o eventual pedido de contrapartidas ilícitas para a eliminação de inquéritos abertos na ADSE.

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A Unidade Nacional contra a Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária realizou na segunda-feira buscas às instalações da ADSE em Lisboa, confirmou à agência Lusa fonte da PJ.

Segundo a revista "Sábado", o presidente demissionário do sistema de saúde dos funcionários público (ADSE), Carlos Liberato Baptista, está a ser investigado por suspeitas de corrupção, que resultam de uma denúncia que chegou ao Ministério Público sobre alegados pagamentos encobertos como contrapartida para a assinatura de convenções entre a ADSE e clínicas privadas.

O Ministério Público confirmou a realização das busca. Segundo a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), "foram realizadas várias buscas domiciliárias e não domiciliárias, no âmbito de um inquérito que tem por objeto a investigação de suspeitas da prática de crimes de corrupção passiva em serviço da ADSE".

Os factos denunciados, explica a PGDL, "envolvem o eventual pedido de contrapartidas ilícitas tendo em vista a eliminação de inquéritos abertos na ADSE a clínicas com acordos com este Instituto".

O inquérito do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa tem a coajuvação da Unidade Nacional contra a Corrupção da PJ.

Carlos Liberato Batista demitiu-se em abril, alegando "motivos pessoais", dias antes de a TVI emitir uma reportagem que levantou suspeitas sobre a sua gestão na Associação de Cuidados de Saúde da antiga Portugal Telecom (PT).

O Ministério Público disse, no início de maio, que estava a decidir se iria realizar uma auditoria ao subsistema de saúde dos funcionários públicos, como tinha sido pedido por Carlos Baptista.

"O Ministério Público encontra-se a recolher elementos com vista a decidir se há procedimentos a desencadear no âmbito das respetivas competências", informou na altura o MP, numa resposta escrita enviada à agência Lusa.

Carlos Liberato Baptista tinha pedido à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) uma auditoria ao tempo em que presidiu ao subsistema de saúde dos funcionários públicos.

[notícia atualizada às 16h03]

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