16 jul, 2018 - 14:22
O Hospital de São José e a Maternidade Alfredo da Costa já têm luz verde para contratar médicos. Em declarações à imprensa, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, garantiu esta segunda-feira que o Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC) já foi autorizado a contratar os 54 novos profissionais prometidos.
O ministro diz que essa certeza já tinha sido transmitida ao CLHC, que inclui também a Maternidade Alfredo da Costa, na quinta-feira passada, depois da ameaça de demissão dos chefes de equipa do São José por falta de condições de segurança da urgência.
“Tudo o que havia a fazer está a ser feito. Os hospitais têm a capacidade de o fazer, as autorizações foram dadas, as ARS estão a acompanhar, a secretaria de Estado da Saúde intervém quando há situações de algum tipo de bloqueio ou dificuldade que possa aparecer. Está a ser feito em parceria, naturalmente, com o Presidente da ARS e a sua equipa, e a informação que tenho é que o Centro Hospitalar de Lisboa Central está a fazer o seu trabalho”, explicou esta segunda-feira o ministro.
Adalberto Campos Fernandes faz ainda um balanço positivo da redução do horário no Serviço Nacional de Saúde para 35 horas semanais – uma medida criticada sobretudo pelas dificuldades logísticas que provocou, com representantes do setor e da oposição a culparem o Governo de falta de preparação – e reafirma que até ao final do mês tudo estará estabilizado. “Tem decorrido como tínhamos previsto. Estamos a meio de julho e de uma forma geral as instituições têm o seu programa em fase de adaptação. Como sempre disse, a secretária de Estado está atenta às situações em que o ajustamento suplementar tenha que ser feito, isso está a decorrer e acreditamos que até ao final do mês de julho a situação, nesta primeira fase, estará ajustada e estabilizada."
Adalberto Campos Fernandes diz ainda que, apesar da dificuldade em contratar enfermeiros para alguns pontos do país, está a aumentar a passagem destes profissionais do sector privado para o público: “Reparem que neste momento temos uma situação que é especial. A contratação de enfermeiros, nalguns pontos do país, é mais difícil porque não há disponibilidade no mercado.”
“Mas ainda assim há outro aspeto interessante. É que estão a vir muitos enfermeiros que trabalhavam no setor privado ou social, e que estão, de forma muito impressiva, a candidatar-se a posições no SNS. É o melhor exemplo de que os profissionais confiam numa carreira pública, e é um sinal de que o SNS é atrativo para estes profissionais e nós desejamo-los, não só os enfermeiros, mas outros profissionais, nomeadamente médicos”, assegura.
As declarações do ministro da Saúde foram feitas à margem da assinatura de um protocolo de cooperação com a Justiça, esta segunda-feira em Lisboa, com o objetivo de eliminar a hepatite C nos estabelecimentos prisionais até 2020.