23 jul, 2018 - 23:27
A Direção-Geral de Saúde (DGS) alerta que a ocorrência de surtos de sarampo em vários países da Europa, América, África e Ásia constitui um risco de importação de casos da doença para Portugal, salientando a importância da vacinação.
Em comunicado, assinado por Diogo Cruz, subdiretor-geral da Saúde, o organismo refere também que devido ao período de férias, existe uma maior circulação de viajantes, salientando a importância da vacinação antes de deslocações para países ou regiões onde ocorrem surtos de sarampo.
"Recomenda-se que, preferencialmente quatro a seis semanas antes da viagem, verifique o seu Boletim Individual de Saúde (Boletim de Vacinas) e, se necessário, vacine-se e vacine os seus familiares", refere o documento.
A DGS salienta que o Programa Nacional de Vacinação (PNV) recomenda duas doses de vacina contra o sarampo, papeira e rubéola (VASPR), aos 12 meses e aos cinco anos.
Para os viajantes que se vão deslocar para países ou regiões onde ocorrem surtos de sarampo, e que não tenham história credível da doença, o PNV recomenda que entre os seis e até aos 12 meses devem ser vacinados com uma dose de VASPR, mediante prescrição médica. A dose administrada entre os seis e os 11 meses, é chamada de 'dose zero', devendo ser posteriormente cumprido o esquema recomendado no PNV", explica.
Já entre os 12 meses e os 18 anos, devem ser vacinados de acordo com o recomendado no PNV (12 meses e cinco anos), antecipando a 2.ª dose de VASPR (se aplicável), desde que respeitado o intervalo mínimo entre doses, que é de quatro semanas.
"Os maiores de 18 anos devem ser vacinados com uma dose de VASPR, se não tiverem registo de vacinação contra o sarampo, nem história credível da doença, independentemente da idade", frisa o documento.
A DGS refere que o sarampo é uma das doenças infeciosas "mais contagiosas, podendo provocar doença grave em pessoas não vacinadas".
Já hoje, as autoridades espanholas tinham alertado para a necessidade de vacinar crianças menores de um ano contra o sarampo em caso de viagem para países da União Europeia como a França, Alemanha, Reino Unido, Grécia ou Roménia, devido ao surto que afeta estes países.