Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

​Trabalhadores do Santa Maria protestam contra falta de pessoal

25 jul, 2018 - 14:57

Estes trabalhadores realizam diversas funções, como assistentes operacionais, técnicos de diagnóstico, terapeutas e administrativos.

A+ / A-

Cerca de 30 trabalhadores do Centro Hospitalar de Lisboa Norte juntaram-se esta quarta-feira à entrada do Hospital de Santa Maria contra a "falta crónica" de trabalhadores e para exigir o descongelamento das carreiras.

Os trabalhadores, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (STFPSN), realizam esta quarta-feira um dia de greve contra "a falta crónica de trabalhadores existente no Serviço Nacional de Saúde" e também pelo reconhecimento do tempo de serviço dos funcionários com contratos individuais de trabalho.

"Todos os blocos com cirurgias programadas estão fechados, as consultas estão fechadas, a central de colheitas fechadas, a maior parte dos serviços está em serviços mínimos, porque tem de estar [lá] sempre alguém", afirmou João Dias, do STFPSN, ao final da manhã, sem quantificar os níveis de adesão.

O Centro Hospitalar de Lisboa Norte engloba os hospitais de Santa Maria e o Pulido Valente.

Os trabalhadores empunhavam faixas e cartazes onde se lia "Somos poucos trabalhadores para tantas dores", "Tempo de serviço não é para roubar, é para contar", "Falta de pessoal faz mal à saúde" e "Se a tarefa é especial, a carreira não é geral".

Estes trabalhadores realizam diversas funções, como assistentes operacionais, técnicos de diagnóstico, terapeutas e administrativos. De acordo com João Dias, serão entre 1.000 a 1.500 os trabalhadores nesta situação.

Segundo João Dias, "a falta de pessoal já se arrasta há décadas, não é de agora, não é por os trabalhadores passarem para 35 horas que há falta de pessoal".

João Dias destacou que os trabalhadores exigem ainda a "contagem de tempo para os trabalhadores com contrato individual de trabalho".

"É uma vergonha o que querem fazer aos trabalhadores. Temos aqui trabalhadores com 15 e 20 anos de serviço e, se não contarem com este tempo de serviço, os trabalhadores começam da estaca zero", sublinhou.

O sindicalista salientou também que foi pedida uma reunião ao Conselho de Administração do Centro Hospitalar para abordar estas questões, mas até agora não foi obtida uma resposta.

A Lusa contactou o Centro Hospitalar de Lisboa Norte para saber os efeitos desta paralisação, mas fonte do centro hospitalar alertou que a instituição "não comenta resultados de greves".

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Filipe
    25 jul, 2018 évora 15:20
    Ainda agora li uma notícia de um Hotel que abriu no ex hospital com 500 anos de história , o que prova que o Estado Português prefere canalizar apoios para abertura destas instituições por todo o Portugal para albergar Portugueses corruptos , pois quem trabalha não consegue pagar essas camas e turistas pobres lá de fora que em Portugal com o ordenado mínimo de lá , são uns califas . Contudo , a saúde em Portugal e educação está abandonada como aconteceu ao tecido primário após a entrada na CEE , os privados adoram a destruição do Estado . Recuperem edifícios para albergarem mais camas para doentes e condições de sala de aula nas crianças , não transformem Portugal na retrete da Europa , pois os abastados até pensam que Portugal pertencem a Madrid , querem lá saber desta porcaria de país .

Destaques V+