31 jul, 2018 - 21:00
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Três deputados do PCP questionaram esta terça-feira o ministério do Planeamento e Infraestruturas sobre a supressão da ligação Alfa Pendular Lisboa-Porto das 6h09 da manhã, alegando que com esta medida a Comboios de Portugal (CP) "deteriora o serviço passageiros".
Esta supressão, a ter início no domingo e avançada pela Renascença há duas semanas, faz com que a primeira ligação do dia, com chegada ao Porto às 8h44, seja cancelada e com que a alternativa passe por "uma ligação no Intercidades que parte de Lisboa às 6h30 e chega ao Porto pelas 9h46".
O documento, ao qual a Lusa teve acesso, é assinado pelo grupo parlamentar composto pelos deputados Jorge Machado, Ângela Moreira e Diana Ferreira, eleitos pelo círculo do Porto, no qual afirmam que "em vez de melhorar as ligações ferroviárias", "a CP opta por degradar a sua oferta, o que significa piores serviços ferroviários".
"Atualmente, o serviço Alfa Pendular é opção para várias centenas de pessoas que se deslocam entre o Porto e Lisboa, sendo alternativa ao veículo pessoal e até ao avião. Para manter os níveis de procura e até aumentá-los, importa melhorar os tempos de viagem e a frequência das mesmas", refere a nota.
Os comunistas perguntam ao Governo quais as medidas a tomar para contrariar esta supressão, se o ministério considera "as ligações Porto-Lisboa via Alfa Pendular uma das mais importantes do país" e, em caso de resposta positiva, "que medidas vai tomar para melhorar a oferta, quer quanto à frequência quer quanto ao tempo de viagem, destas ligações".
Isto porque, sublinha o partido, "os comboios Alfa Pendular estão longe de atingir o seu potencial", devido a limitações "quer quanto à sobrelotação, assim como aos limites máximos de velocidade permitida", que implicam que os comboios "fiquem muito aquém do potencial".
"Como justifica este ministério que, após os avultados investimentos realizados na linha do Norte, esta ligação esteja hoje pior que há alguns anos? Como justifica os sistemáticos atrasos do Alfa Pendular? Que medidas tenciona o Governo tomar para resolver este problema?", questionam os deputados.