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Monchique. “Apaguei o fogo à volta do restaurante com garrafas de água”

07 ago, 2018 - 07:58

Proprietário descreve uma noite difícil sem água ou luz. Fala em "descoordenação" e avança que cerca de 15 casas terão ardido.

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A noite foi novamente de sobressalto em Monchique. O fogo, que esteve quase controlado durante a tarde, voltou a ganhar força com o cair da noite e o vento forte que se fez sentir.

Vários populares passaram mais uma noite em claro, a tentar salvar as suas propriedades das chamas. A situação complicou-se quando, devido ao fogo, a rede elétrica foi abaixo.

"Assim que acabou a luz, ficámos sem água de rede", conta à Renascença Márcio Oliveira, proprietário de um restaurante na zona de Monchique.

Sem água da rede, Márcio recorreu às garrafas de água que tinha no restaurante para apagar o fogo. "Estivemos a encher baldes com garrafas água de litro e meio. Foi assim que conseguimos eliminar o incêndio à volta do restaurante", conta.

"Nós é que apagámos, não apareceu um único bombeiro", continua Márcio, que lamenta a "muita descoordenação" por parte das autoridades. "Só depois de passar o fogo e de estar tudo ardido é que começaram a passar bombeiros", constata.

Este morador já faz a conta ao número de vizinhos e amigos que, na última noite, perderam a casa onde viviam. Pelo que apurou, "são mais de 15 casas" de primeira habitação ardidas.

Ao início da manhã, Márcio continuava sem água, apesar de reconhecer os esforços da EDP para tentar restabelecer a eletricidade, o que permitirá também o regresso da água.

Com o nascer do dia, voltam a ser utilizados meios aéreos para combater, pelo quinto dia, o incêndio em Monchique. O combate às chamas tem sido dificultado pelas constantes mudanças de vento. Segundo a página da Proteção Civil, “regista-se em todo o perímetro [do incêndio] fortes reativações que, associadas à intensidade do vento, tomam de imediato grandes proporções”.

Foram evacuadas as aldeias de Fóia e Cascalheira e a zona da barragem de Odelouca.

O número de assistências médicas a pessoas na sequência do incêndio subiu para 95, dos quais 66 apenas receberam assistência e 29 são feridos.

Esta manhã, os meios aéreos recomeçaram o combate às chamas no incêndio que lavra em Monchique, Faro, que estava às 7h30 a ser combatido por 1.198 operacionais, aliados a 377 viaturas.

Três aviões Canadair espanhóis voltam a ajudar no combate às chamas.

Comentários
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  • Jorge
    07 ago, 2018 Seixal 15:33
    Mais um empresário da restauração que enveredou pela profissão errada. Apagar um fogo com baldes de água mineral engarrafada, e salvar das chamas o seu património, é uma proeza digna dos melhores profissionais de uma qualquer corporação de bombeiros. No rescaldo do incêndio, ainda conseguiu contabilizar quinze casa ardidas e todas de primeira habitação. Parabéns à Radio Renascença e seus jornalistas pela relevância da notícia.
  • 07 ago, 2018 13:07
    Senhor Ministro da Administração Interna, ao ouvir o que diz sobre este e outros ASSUNTOS relacionados com a PROTEÇÃO CIVIL e sobre este INCENDIO " MONCHIQUE ", aceite o meu CONSELHO: " VÁ COM TODOS , mas TODOS, para um CONVENTO BENEDITINO e durante LONGOS TEMPOS, façam um RETIRO, não Espiritual, mas sim um RETIRO INTELIGENCIAL ". O senhor fala com uma avontade que mais parece um EXTRA GALAXIAL do que um PORTUGUÊS que vê um POVO ( MAIS UM ) a ser QUEIMADO. Quando diz " está a fazer um notável trabalho, reuniões no Algarve e e e ", pergunto-lhe sem RODEIOS, o que é que a PROTEÇÃO CIVIL FAZ AO LONGO DO ANO? e ainda por cima num ano propício para não haver a DESGRAÇA a que assistimos. Não Senhor Ministro convosco não me sinto SEGURO.

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