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Nova greve na saúde. Enfermeiros paralisam por cinco dias

13 ago, 2018 - 07:00

Um ano depois, "estamos 'na mesma como a lesma', não saímos ainda do sítio", acusa o sindicalista.

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Pode ser uma semana complicada para quem for ao hospital ou ao centro de saúde. Desde as 00h00, que os enfermeiros associados da Federação Nacional dos Sindicatos de Enfermeiros (FENSE) iniciaram uma greve nacional de cinco dias em protesto contra o impasse na negociação do acordo coletivo de trabalho, que começou há um ano.

O dirigente da FENSE - que integra o Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem (SIPE) e o Sindicato dos Enfermeiros (SE) -, José Correia Azevedo, disse à Lusa que as razões do protesto se prendem com "o impasse na negociação" da proposta do acordo coletivo de trabalho apresentado pelos enfermeiros em agosto de 2017.

"Hoje é porque falta este, amanhã é porque falta aquele, depois falta o outro, e nós entendemos que o Governo efetivamente não quer negociar, porque se quisesse negociar, já tinha respeitado o compromisso que assumiu" de que o acordo estaria terminado no fim de setembro de 2017, razão pela qual os profissionais minimizaram a luta, disse o dirigente da federação, que representa cerca de 10 mil dos pouco mais de 40 mil enfermeiros.

Um ano depois, "estamos 'na mesma como a lesma', não saímos ainda do sítio. E, portanto, esta greve destina-se a chamar a atenção dos enfermeiros de que, se querem este acordo, que conhecem em proposta, têm de nos ajudar nesta luta", disse José Correia Azevedo.

"O Governo dá a impressão que está a tentar ganhar tempo, não sabemos muito bem porquê nem para quê, para nos empatar e nós estamos dispostos a começar esta greve, à qual se podem seguir outras, para obrigar o Governo a dizer ou não quer negociar, e assume a responsabilidade política, ou quer negociar e tem que terminar os trabalhos porque um ano já é demais" para a negociação.

Os enfermeiros pretendem que seja criada uma carreira especial de enfermagem, que integre a categoria de enfermeiro especialista, e exigem o descongelamento da carreira, lembrando que o Estado deve aos Enfermeiros 13 anos, 7 meses e 25 dias nas progressões. Exigem também a revisão das tabelas remuneratórias.

Os sindicatos garantem que os serviços mínimos serão respeitados.

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  • Jorge
    13 ago, 2018 Seixal 19:14
    Nesta legislatura os enfermeiros fazem greves e protestos por tudo e por nada. Já ninguém acredita neles. São funcionários pagos pelo estado como todos os outros, quando houver aumentos para o funcionalismo público também serão aumentados de acordo com a tabela remuneratória, até lá aguentem-se.
  • Cidadao
    13 ago, 2018 lisboa 10:24
    Greve no pico do Turismo agravam receitas estado e economia nacional.Costa/Centeno não vao ceder por imposição Bruxelas q é qem distribui os subsídios em toda EU.A saúde população provavelmente está a ser altamente prejudicada e cidadãos começam a criticar estes movimentos sindicais,qdo não há dinheiro sendo portanto mais uma luta politica baseada em pretextos legítimos?mas irrealizáveis.Paguem a divida publica antes distribuição.
  • Carlos Gonçalves
    13 ago, 2018 ALMADA 10:12
    Acho piada e muita, no tempo do Passos Coelho e do Portas nem miavam nem saiam á rua pelo contrário emigravam . Agora com a gerigonça anda tudo na pediche isto é retrato dos sindicatos comunistas, cheira-lhes a dinheiro .

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