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Chamas queimaram quase 28 mil hectares no Algarve

14 ago, 2018 - 15:53

De acordo com os dados mais recentes do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais, arderam 27.635 hectares.

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O incêndio de Monchique destruiu perto de 28 mil hectares no Algarve, segundo a mais recente atualização disponibilizada pelo Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais (EFFIS).

De acordo com os dados mais recentes, e tendo por base a última informação colocada no "site" do EEFIS, datada de 11 de agosto, um dia depois do incêndio ter sido dado como dominado, tinham ardido 27.635 hectares.

A área destruída no grande incêndio que assolou a mesma região em 2003, embora nos concelhos de Monchique, Portimão, Aljezur e Lagos, foi de 41 mil hectares, mais 13.365.

O EFFIS, baseado no sistema de satélites europeu Copernicus, é uma das ferramentas que a Comissão Europeia disponibilizou no auxílio ao Estado português no combate ao incêndio que continua a lavrar com intensidade naquela zona do Algarve.

Estes dados são, no entanto, ainda provisórios uma vez que o satélite faz estimativas com base nas diferenças de temperatura registadas no solo de 80% da área total ardida. Os valores avançados pelo mecanismo são, depois, confirmados pelas autoridades nacionais.

Os totais contabilizados tendem, por isso, a ser mais elevados.

Silves, Portimão e Odemira também sofreram

O incêndio rural, que foi combatido por mais de mil operacionais e considerado dominado na manhã de dia 10 de agosto, atingiu também o concelho vizinho de Silves, depois de ter afetado, com menor impacto, os municípios de Portimão e de Odemira.

Segundo o município de Monchique, arderam cerca de 16.700 hectares no concelho. A presidente da Câmara de Silves estimou hoje em cerca de 10 mil hectares a área ardida no concelho na semana passada.

Quarenta e uma pessoas ficaram feridas, uma das quais com gravidade (uma idosa que se mantém internada em Lisboa).

O maior incêndio, em termos de área ardida, que este ano se tinha verificado até ao final de julho em território nacional era o da Guarda onde, em fevereiro, arderam 86 hectares.

No ano passado, as chamas destruíram mais de 440 mil hectares, o pior ano de sempre em Portugal, segundo dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Quanto aos maiores incêndios em termos de área ardida, ocorridos no ano passado, no topo da lista aparece o que teve origem no dia 15 de outubro, em Seia/Sandomil, no distrito da Guarda, que destruiu 43.191 hectares.

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