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Greve dos enfermeiros já adiou 2.500 cirurgias. "Expectativas superadas"

17 ago, 2018 - 11:21

Hoje é o último dia do protesto que começou na segunda-feira. Sindicatos falam em 95% de adesão.

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O balanço provisório do último dia da greve dos enfermeiros aponta para milhares de cirurgias adiadas em todo país e excede a previsão do Federação Nacional dos Sindicatos de Enfermeiros.

“Estávamos a projetar que ficassem duas mil cirurgias por fazer e ficaram 2.500 em todo o país e em todos os hospitais”, indica o dirigente José Correia Azevedo à Renascença.

“A greve superou as nossas expectativas”, afirma o sindicalista. “Estávamos a calcular que iríamos ter uma adesão de 60% a 70% e chegámos aos 95%”, concretiza.

As cidades mais atingidas são o Porto e Lisboa.

Nas declarações à Renascença, José Correia Azevedo denuncia algumas irregularidades praticadas durante esta semana de paralisação: “houve algumas tentativas de pressão de alguns hospitais e há uns quantos casos meramente esporádicos em que não respeitaram a lei da greve”.

Os enfermeiros estão em greve desde segunda-feira para “vincar o seu descontentamento” face ao impasse negocial com o Governo – um processo que, segundo o dirigente da federação dos sindicatos do setor, “um processo que se arrasta há um ano ou mais sem solução à vista”.

Os enfermeiros pretendem igualmente que seja criada uma carreira especial de enfermagem que integre a categoria de 'enfermeiro especialista'.

Reclamam também o descongelamento da carreira, lembrando que o Estado deve aos Enfermeiros 13 anos, 7 meses e 25 dias nas progressões, e a revisão das tabelas remuneratórias.


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  • eduardo santos
    18 ago, 2018 19:47
    Parabéns à Federação Nacional do Sindicato de Enfermeiros que consegue sobrepor os interesses de classe às necessidades dos doentes portugueses. Devem orgulhar-se deste feito, mas não abusem pois algo pode sair mal.
  • nik
    18 ago, 2018 lisboa 16:26
    O governo está grato???com esta greve pois deve ter arrecadado milhões de modo inesperado.Haja mais greves no setor estado q governo esfrega mãos ,o deficit diminui.A revoada de greves em diversos setores reinvindicam o impossível,qdo não há dinheiro resultado das grves é nulo,Se costa empurrar um orçamento despesista irá ter demissão de Centeno com gaudio das extremas esquerdas.
  • Filipe
    17 ago, 2018 évora 23:16
    Afetam os pobres do sistema , pois são os que pagam os ordenados a essa gente ainda . Os de posse escolhem um entre centenas de cartões de saúde e são atendidos pelos mesmos no privado que escavacam o sistema de saúde público .
  • lili
    17 ago, 2018 lisboa 15:17
    Os doentes afetados estão gratos com o adiamento dos tratamentos??????O feitiço já se virou contra o feiticeiro.As greves na saúde afetam as espetativas dos tratamentos e o privilégio de uns é o prejuízo de muitos-Minorias impõem DITADURAS??? elitistas em detrimento do bem estar geralÉ preciso rever estas greves não acabálas mas defender tb o indefeso doente em sofrimento.
  • Carlos Alves
    17 ago, 2018 Faro 15:05
    E o Ministro da Saúde de férias, ninguém o vê, ninguém o ouve (já para não falar dos "defensores do povo" Catarina e Jerónimo) e o doentes que aguentem... Ainda há quem diga que o SNS está cada vez melhor...
  • lv
    17 ago, 2018 Loures 14:50
    E a Cavaca, sempre a bombar!

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