23 ago, 2018 - 15:25
A má qualidade das águas do rio Tejo não representa qualquer perigo para a saúde humana, mas podem ser adotadas medidas de exceção junto de algumas empresas, afirma o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Nuno Lacasta.
Em declarações à Renascença, Nuno Lacasta explica que, devido às altas temperaturas e falta de precipitação nas últimas semanas, “a qualidade da água no rio Tejo, em particular na albufeira do Fratel, em Vila Velha de Ródão, deteriorou-se”.
A água do rio e da albufeira estão com “menos oxigénio do que deviam ter”, mas para a população “não há riscos”.
“Esta questão da qualidade da água não tem efeitos em termos de consumo humano. Tem riscos, sim, para a fauna piscícola, refere o presidente da APA.
Nuno Lacasta adianta que as autoridades portuguesas estão em contacto com Espanha, “no sentido de potenciar um arejamento da água através de descargas de superfície que permitam mais oxigénio no meio”.
Questionado se existe necessidade de limitar as descargas das empresas no rio Tejo, o presidente da APA não excluiu essa possibilidade.
“Se necessário for, acionaremos um dispositivo que está previsto nas novas licenças, que é o dispositivo do período de exceção, se a monitorização dos parâmetros assim o determinar”, sublinha.