30 ago, 2018 - 17:11
A AsproCivil - Associação Portuguesa de Técnicos de Segurança e Proteção Civil pede esclarecimentos à Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) sobre aval à contratação de helicópteros Kamov de combate a incêndios.
Em declarações à Renascença, o presidente da AsproCivil, Ricardo Ribeiro, diz que a ANAC devia explicar a sua decisão.
“A ANAC devia pronunciar-se sobre as razões e a sustentabilidade pela qual deu esta autorização, que eu quero acreditar tenha todas as exigências em cima da mesa, porque a ANAC não é uma autoridade qualquer, tem uma boa história de sucesso e de bons resultados.”
“Penso que é justo acreditarmos que, neste caso concreto, eles fizeram todo o trabalho de averiguação das condições de segurança dos Kamov”, sublinha Ricardo Ribeiro.
Na mesma linha, Fernando Curto, da Associação de Bombeiros Profissionais, dá, ainda assim, o beneficio da dúvida ao Governo.
“Até prova em contrário, acreditamos que esses meios que foram adjudicados garantem uma intervenção eficaz para que os bombeiros e as outras forças de segurança no terreno possam ser ajudados”, refere Fernando Curto.
O Governo não dá mais esclarecimentos sobre o facto de o Estado ter contratado três aparelhos de combate a incêndios a uma empresa moldava que não tem autorização para voar no espaço europeu.
O Ministério da Administração Interna limita-se a afirmar que os Kamov contratados a uma empresa da Moldávia têm o aval da Autoridade Nacional de Aviação Civil.
De acordo com informação do “Jornal de Noticias”, a empresa moldava consta da lista negra da União Europeia e terá estado 10 anos sem poder operar no seu país.
A Renascença contactou a Autoridade Nacional de Aviação Civil, mas até agora não obteve resposta.