31 ago, 2018 - 01:01
O primeiro-ministro, António Costa, afirmou, na quinta-feira, que o Governo mantém uma "postura construtiva e de diálogo" na negociação sobre a contagem do tempo de serviço dos professores, criticando o "finca-pé" por parte dos sindicatos.
"Da nossa parte mantemo-nos com uma postura construtiva, de diálogo, mas que pressupõe que, da outra parte, exista também abertura e diálogo (...). O Governo apresentou uma proposta de boa fé, até agora não recebeu nenhuma contraproposta a não ser a reafirmação do finca-pé relativamente a uma posição que, é sabido, não pode ser aceite pelo Governo", disse o primeiro-ministro.
António Costa falava à RTP, em Ravenna (Itália), à margem de um encontro do Partido Democrático italiano, no dia em que o Governo publicou as listas de colocação de professores para o novo ano letivo.
António Costa reafirmou ainda que o novo ano letivo "está a ser preparado na sua normalidade" e que se mantém a negociação com os sindicatos sobre o descongelamento do tempo de serviço dos professores.
Na quinta-feira, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) anunciou uma greve e uma manifestação nacional para outubro, reafirmando que não abdica de um único dia do tempo de serviço congelado dos docentes.
Na primeira conferência de imprensa após as férias, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, explicou que a manifestação nacional de professores será em 5 de outubro, com a greve a acontecer em data a acordar com outras estruturas sindicais.
A greve e manifestações, salientou Mário Nogueira, dependerão das respostas do Governo na reunião marcada para 7 de setembro.
Mário Nogueira avisou: "Não estamos disponíveis para manobras dilatórias. Não vamos estar mais um ano em compromissos e textos. Já demos para esse peditório".