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Fenprof. Mais de 30 mil professores e educadores estão, para já, no desemprego

30 ago, 2018 - 21:58

Sindicato acrescenta que é preciso agora verificar o número de docentes que se mantêm em situação de "horário zero" e o número de horários nas escolas que continuam por preencher.

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A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) salienta que se vão manter no desemprego, para já, mais de 30 mil professores e educadores, lamentando que as colocações de docentes não resolveram os problemas de precariedade.

"Tendo em consideração o número de candidatos ao concurso externo, que havia sido divulgado pelo Ministério da Educação, manter-se-ão no desemprego, para já, mais de 30.000 professores e educadores", diz um comunicado da Fenprof.

Num comentário à publicação das listas de docentes colocados, conhecida na tarde desta quinta-feira, a Fenprof diz que estas colocações "não resolveram os problemas de precariedade, instabilidade e injustiça que são vividos pelos docentes".

No documento, a estrutura sindical lamenta, também, como de resto já tinha dito numa conferência de imprensa na tarde de hoje, que só agora tenham sido divulgadas as colocações, já que se inicia o ano escolar na próxima segunda-feira.

Os professores, sublinha a estrutura sindical, ficam com apenas um dia útil "para refazerem toda uma vida, em muitos casos a centenas de quilómetros das suas residências familiares", pelo que a "divulgação tardia" constitui "um profundo desrespeito pelos professores e pelas suas famílias".

O Ministério da Educação, ao referir, no comunicado que emitiu, que as listas são divulgadas a duas semanas do arranque do ano letivo, "parece desvalorizar todo o trabalho que é feito nas escolas até ao dia em que os alunos se irão apresentar, trabalho esse que se iniciará um dia útil depois da divulgação destas listas", diz a Fenprof.

No comunicado afirma-se ainda que a revisão da atual legislação de concursos, "que não mereceu o acordo da Fenprof, no sentido de resolver as injustiças que o atual provoca e de combater, efetivamente, a precariedade do corpo docente, continuará a ser uma das prioridades da luta dos professores".

A Fenprof diz ainda que é preciso agora verificar aspetos como o número de docentes que se mantém em situação de "horário zero", e o número de horários nas escolas que continuam por preencher.

Vinte mil professores ficaram colocados no ano letivo 2018-2019, anunciou o Ministério da Educação no dia em que foram publicadas as listas de docentes.

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