06 set, 2018 - 16:00 • Dina Soares
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O antigo ministro Armando Vara e o empresário Carlos Santos Silva já anunciaram que vão pedir a abertura da instrução do processo judicial. Resta saber se os restantes arguidos, entre os quais José Sócrates, também o irão fazer. O prazo termina esta quinta-feira, já com multa (sem multa era até segunda-feira).
Trata-se de uma nova fase de um processo que já vai longo – seja qual for o ponto de vista de que é analisado: duração, número de arguidos, de crimes, de testemunhas, de buscas…
O inquérito culminou com a acusação a 28 arguidos – 19 pessoas e nove empresas – e está relacionado com a prática de quase duas centenas de crimes de natureza económico-financeira, descritos numa acusação com mais de quatro mil páginas.
José Sócrates é o principal arguido. O antigo primeiro-ministro está acusado de 31 crimes de corrupção passiva, falsificação de documentos, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais. Chegou a estar preso preventivamente durante dez meses, na cadeia de Évora e em prisão domiciliária.
O processo judicial começou em 2014 e envolveu mais de duas centenas de buscas e a audição de outras tantas testemunhas. Foram recolhidos dados em cerca de meio milhar de contas bancárias.
Ao longo destes anos, correu muita tinta e os protagonistas do caso fizeram muitas declarações. Aqui ficam algumas frases inesquecíveis dos atores mais mediáticos deste caso.