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Há menos três colégios privados a abrir portas neste ano letivo

12 set, 2018 - 11:07

Desde que começaram os cortes no financiamento fecharam nove escolas de ensino particular e cooperativo. Situação afetou 24.900 alunos e lançou no desemprego 2.500 professores e 830 não docentes, entre técnicos e auxiliares.

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O ano letivo que agora começa conta com menos três colégios de ensino particular e cooperativo, a juntar aos seis que encerraram desde 2016 por causa dos cortes do Estado.

As turmas eram financiadas no âmbito dos contratos de associação, mas o Governo liderado por António Costa começou a reduzir o financiamento, levando milhares de profissionais para o desemprego.

Segundo Rodrigo Queiroz e Melo, diretor executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), “cerca de 2.500 professores e 830 não docentes, entre técnicos e auxiliares”, perderam o emprego.

Quanto a estudantes, “no total acumulado, neste momento deixaram de poder estar nestes colégios com contrato de associação 24.900 alunos – portanto, são quase 25 mil alunos que viram os projetos educativos que desejavam e queriam ser interrompidos”, afirma na Manhã da Renascença.

Nas contas feitas por Rodrigo Queiroz e Melo, o corte no financiamento destes colégios está a custar aos cofres do Estado cinco milhões e meio de euros.

O diretor executivo da AEEP acusa ainda o Ministério da Educação de discriminar os alunos ao decidir dar os manuais escolares só a quem frequenta o ensino público. E questiona: “Porque é que os alunos que fazem a sua opção pelo particular e cooperativo não têm apoio para os manuais escolares?”

No seu entender, a medida destina-se “à classe média e à classe alta, porque os alunos com ação social escolar desde sempre que têm os manuais gratuitos”.

“Para pessoas como eu: os filhos que estão no público receberam manuais, os meus filhos que estão no privado não recebem os manuais. Há uma discriminação que nem conseguimos compreender e gostávamos de perceber a lógica da medida”, conclui.

Esta quarta-feira, regressam às aulas cerca de 1,5 milhões de crianças, desde o pré-escolar ao secundário, do ensino público e privado. Turmas mais pequenas, manuais escolares gratuitos até 6º ano e o regresso da educação física a contar para a média de acesso ao ensino superior estão entre as mudanças que marcam o arranque do ano letivo 2018/2019.

Comentários
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  • antónio
    12 set, 2018 portugal 21:06
    pergunta um leitor: "Porque haveríamos de andar a sustentar esta gente toda com o dinheiro dos nossos impostos? " Porque já o faz! E como devia saber esses colégios tinham um custo para o estado inferior aos do estado. É pena que não se informe. Prefere ser roubado pelo estado.
  • Jorge
    12 set, 2018 Seixal 17:33
    "Situação afetou 24.900 alunos e lançou no desemprego 2.500 professores" Uma média de um professor para menos de dez alunos? Fecharam e muito bem, o ensino publico não se pode dar a este luxo. Porque haveríamos de andar a sustentar esta gente toda com o dinheiro dos nossos impostos? Ninguém impede as famílias de terem liberdade de escolha na escola para os filhos. As escolas privadas os pais que as paguem, as publicas são pagas pelo orçamento geral do estado. É fácil, mas, infelizmente ainda há quem não perceba.....
  • Victor Almeida
    12 set, 2018 Peso da Régua 11:59
    Esta é a «luta» de um governo jacobino: famílias sem liberdade de escolha, perseguidas, e milhares de trabalhadores no desemprego. O governo mais jacobino desde a primeira república.

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