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Há cada vez mais jovens que começam a fumar aos 15 anos

26 set, 2018 - 09:30

Neste Dia Europeu do ex-Fumador, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia lança a campanha #Eunãofumo.

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Está a aumentar o consumo do tabaco entre os adolescentes. Segundo dados revelados no Dia Europeu do Ex-fumador, que esta quarta-feira se assinala, cresce o consumo na população dos 15 aos 24 anos, muito em especial nas raparigas.

José Pedro Boléu-Tomé, coordenador da Comissão de Trabalho de Tabagismo, admite ser difícil fazer passar a mensagem juntos dos adolescentes e que esta pode ser uma consequência do pouco investimento em campanhas de prevenção.

"De facto, tem havido poucas campanhas e pouco investimento público dirigido especificamente a esta prevenção juntos dos mais novos", reconhece.

Há ainda outros dados preocupantes: aos 18 anos 62% dos jovens já experimentaram tabaco e 43% consumiram-no nos últimos 30 dias.

Neste Dia Europeu do ex-Fumador, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) lança a campanha #Eunãofumo, dirigida aos mais novos, para tentar inverter este fenómeno. Também vai ser enviado para várias escolas nacionais um vídeo sob a temática "o tabagismo na adolescência".

Esta ação surge em resposta aos apelos dos pais, dos educadores e das escolas, que estão preocupados como aumento do consumo de tabaco entre os adolescentes.

No entender dos coordenadores da Comissão de Trabalho de Tabagismo, este tipo de ação junto dos adolescentes assume uma grande importância porque "estes jovens vão ser os fumadores e doentes de amanhã", "são muito permeáveis às novas estratégias de marketing das tabaqueiras" e ainda pouco foi feito para "inverter esse processo e criar uma geração livre de tabaco".

Os médicos pneumologistas consideram ainda essencial dar atenção à questão emergente dos cigarros eletrónicos ou tabaco aquecido: "a experiência de outros países mostra que são produtos apelativos aos mais novos, que a experimentação tem aumentado significativamente e que funcionam como porta aberta para experimentar outros produtos, como o cigarro convencional ou outras drogas recreativas".

A SPP, à semelhança da Entidade Reguladora da Saúde e da Organização Mundial de saúde, não recomenda a utilização de nenhum destes produtos, e manifesta "sérias preocupações em relação à sua evolução futura".

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