01 out, 2018 - 12:11
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A CGTP anunciou esta segunda-feira a realização de uma manifestação nacional para o dia 15 de novembro. O anúncio foi feito pelo líder Arménio Carlos, durante a sessão de comemoração dos 48 anos da central sindical.
“Concluímos que a luta na empresa, nos serviços, nos setores tem de ser acompanhada por uma grande manifestação nacional que vamos realizar no dia 15 de novembro em Lisboa”, anunciou o secretário-geral.
Arménio Carlos não abdica de um aumento salarial para todos os trabalhadores – e não apenas para os salários mais baixos – e exige ainda o aumento do salário mínimo nacional para os 650 euros, já em janeiro do próximo ano.
“Este é o momento de aumentar a nossa capacidade reivindicativa”, afirmou na abertura do encontro nacional de dirigentes e ativistas sindicais, que decorre esta segunda-feira em Lisboa, no cinema São Jorge.
A manifestação terá como lema “Avançar nos direitos, valorizar os trabalhadores” e pretende percorrer a Avenida da Liberdade, do Marquês de Pombal aos Restauradores. Mas há um desafio: “é uma manifestação que vai ocorrer durante a semana, numa quinta-feira”.
“Temos de discutir com os trabalhadores, temos de entregar os pré-avisos de greve, temos de organizar os transportes e temos de trazer os trabalhadores organizados dos locais de trabalho para a rua, para fazermos do Marquês de Pombal aos Restauradores um movimento de massa humana excecional”, apelou o líder sindical.
O objetivo é “demonstrar que não aceitamos as coisas como estão a decorrer e entendemos que este é o momento para responder às nossas reivindicações e às nossas propostas”, afirmou ainda o secretário-geral da CGTP, para quem não há qualquer razão para, num quadro de crescimento económico, não acelerar o passo e avançar para um aumento geral dos salários.
A manifestação é assim marcada para “antes da votação final do Orçamento” do Estado para 2019.
Tudo indica que o Governo vai mesmo avançar com aumentos salariais na função pública. Pelo menos, foi essa a vontade manifestada na última ronda negocial com bloquistas e comunistas e assumida publicamente por Carlos César, líder parlamentar do PS. Resta saber em que termos: quando, quanto e como.