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Major Vasco Brazão diz que ministro sabia de encenação em Tancos

04 out, 2018 - 12:07

Ministério nega categoricamente a informação. Ex-porta-voz da Polícia Judiciária Militar foi interrogado na quarta-feira naquela que foi a sessão mais longa de interrogatórios aos nove arguidos no processo.

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O caso de Tancos apresenta, nesta quinta-feira de manhã, um dado novo. De acordo com a edição online do “Expresso”, o major Vasco Brazão afirmou ontem ao juiz de instrução que o ministro da Defesa sabia da encenação montada na Chamusca para a recuperação do material militar furtado.

Segundo o jornal, foi o próprio Vasco Brazão – antigo porta-voz da PJ Militar e um dos arguidos nesta investigação – que deu conhecimento ao ministro Azeredo Lopes, juntamente com o seu diretor, coronel Luís Vieira, da encenação montada em conjunto com a GNR de Loulé.

Fizeram-no através de um memorando que explicava toda a operação, entregue pessoalmente ao chefe de gabinete de Azeredo Lopes, que, à frente dos dois militares, telefonou ao ministro para lhe dar conta de toda a situação.

Ainda de acordo com o “Expresso” – que cita fontes conhecedoras da forma como decorreu, na quarta-feira, o primeiro interrogatório judicial ao major Vasco Brasão, esta conversa ocorreu no final do ano passado, já depois de as armas terem reaparecido na Chamusca.

O ministro da Defesa está hoje em Bruxelas a participar numa reunião de ministros da Defesa da NATO, mas o seu gabinete já começou a desmentir categoricamente a informação agora divulgada.

À Renascença, o assessor de imprensa de Azeredo Lopes afirma que a notícia é falsa.

À entrada para a reunião na NATO, e ainda antes de ser conhecida a notícia do “Expresso”, o ministro admitiu que o chamado “caso Tancos” não é agradável, que preferia mil vezes que se pudesse dizer que a situação tinha sido bem resolvida, e reconheceu que é embaraçoso para os militares envolvidos na investigação criminal. Recusou também demitir-se.

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  • 04 out, 2018 16:11
    Sempre fui ANTIMILITARISTA, embora tenha cumprido o SERVIÇO OBRIGADO e numa ex Colónia. Mas aprendi uma coisa BÁSICA, um MILITAR NUNCA MENTE. Isto na altura, claro, agora ! ! !. Como é NORMAL o POLÍTICO MENTIR temos então o seguinte: se o militar não MENTE e o político MENTE devem ir AMBOS para o BC5 ou então para a RECLUSÃO em ELVAS. NÃO BRINQUEM e o ceme TAMBÉM.
  • Filipe
    04 out, 2018 évora 12:48
    Pois é , mas o Ministério Público não envia o camarada de armas denominado juiz de instrução o deter na Assembleia da República ou só a Casa Pia encenaram o crime para lá irem ? É que se falarmos em crimes encenados , o Ministério Público bate todos e até está quase a entrar na entidade mais encenadora de crimes em Portugal , basta ver no fim quantos afinal acabam condenados em transito em julgado . Existe um princípio de igualdade , porque podem uns encenar e outros não ?
  • VICTOR MARQUES
    04 out, 2018 Matosinhos 12:39
    Para quem é apreciador de "Novelas", esta merece o Óscar...

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