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"No limite, pode não ter havido furto nenhum". As frases de Azeredo Lopes sobre Tancos

12 out, 2018 - 18:19

Recorde as frases mais marcantes do ministro demissionário sobre o assalto aos paióis de Tancos.

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O ministro da Defesa Nacional demitiu-se esta sexta-feira, 15 meses depois do furto de armas dos paióis de Tancos. Azeredo Lopes nega ter conhecimento, "direto ou indireto", sobre o encobrimento do caso.

Estas são as frases do ministro demissionário que ficarão na memória sobre o caso Tancos:

2018

  • 4 de outubro - Durante uma visita a Bruxelas, Azeredo Lopes nega qualquer intenção de se dimitir. “Ao fim de um ano, três meses e dois dias, já criei alguma resistência. Sem querer fazer ironia, acho que não faz sentido nenhum. Se tivesse sentido, obviamente já teria apresentado a minha demissão, não tenho apego a cargos que não me leve a ter a lucidez de analisar o que faço”.
  • 12 de setembro - O ministro da Defesa volta a revelar a falta de certezas em relação ao material roubado em Tancos. "Continuo sem ter a certeza sobre se falta material ou se é uma falha de inventário. Não digo nem que não, porque não tenho elementos para validar qualquer das teses”, disse.
  • 9 de setembro - após críticas de Rui Rio, numa reação no Facebook, o ministro demissionário lamenta que "para se tentar ir “fazendo” oposição, se atacam ferozmente as Forças Armadas”
  • 23 de julho - Durante uma visita à base aérea das Lajes, Azeredo Lopes reage às questões dos jornalistas: “Eu até posso parecer, mas não sou da Polícia Judiciária e, portanto, aquilo que eu tinha a dizer já o disse. É uma matéria que está em segredo de justiça. Fui ao parlamento pela quarta, quinta ou sexta vez sobre esta questão. Não havendo nada a assinalar, não há nada a assinalar”.

2017

  • 26 de outubro - Primeira reacção ao aparecimento das armas: “O Governo regista e acho que todos registamos como extremamente positivo o facto de o conjunto de material de guerra que não tinha sido recuperado ser recuperado e o facto de ser a primeira vez, que eu me recorde, em democracia, num furto desta natureza, de o material roubado ou furtado ter sido recuperado”
  • 10 de setembro - Numa entrevista ao “Diário de Notícias" e à TSF, Azeredo Lopes duvida da existência do roubo: "No limite, pode não ter havido furto nenhum, porque não existe prova visual, nem testemunhal, nem confissão". Na mesma entrevista, quando o jornalista se refere a "mísseis anti-carro" para simplificar a designação "sistemas LAW (Light Anti-Tank Weapon)" o ministro da Defesa ironiza e diz que a expressão era "demasiado espetacular. (...) Parece que estamos a falar de filmes do Rambo."
  • 7 de julho - Uma semana após o assalto, Azeredo Lopes reage aos primeiros pedidos de demissão. "Não tinha qualquer conhecimento de uma situação que fosse urgente corrigir, direta ou indiretamente, à segurança daqueles paióis", afirmou o ministro em comissão parlamentar.
  • 30 junho - Em entrevista à SIC, dois dias depois do desaparecimento do material bélico em Tancos, Azeredo desvaloriza o assalto aos paióis: "Há quebras e falhas de segurança muito superiores. (...) Nem é preciso evocar os trágicos acontecimentos que têm varrido o continente".
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