14 out, 2018 - 06:46
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Os avisos da Proteção Civil deixaram os portugueses em alerta, mas mesmo assim o cenário de destruição deixada pela tempestade pós-tropical “Leslie” espanta um país que não está habituado a furacões.
A rota era difícil de traçar – imprevisível, diziam os especialistas – mas a breve passagem pelo país deixou danos avultados, em especial no distrito de Coimbra, onde árvores foram arrancadas pela raiz e onde objetos soltos, projetados pelo vento, “fizeram feridos ligeiros”.
Até ao inicio da madrugada deste domingo a Proteção Civil contabilizou 1.447 ocorrências a nível nacional. Andaimes, placas de sinalização e outros objetos foram levados pelo vento para serem projetados contra aquilo que ainda resistia à força do vento.
A tempestade fez dezenas de desalojados em Coimbra, Alcobaça e Marinha Grande, com muitos telhados a não resistirem às rajadas de vento que bateram recordes – na Figueira da Foz o vento soprou a uma velocidade de 176 quilómetros por hora.
Foi precisamente na Figueira da Foz que 800 pessoas ficaram retidas no Centro de Artes e Espetáculos, depois de ter faltado a electricidade durante um concerto de Carminho.
A falta de eletricidade é, aliás, um problema em cerca de 15 mil casas. A EDP faz "mea culpa" e assumiu, ao início da noite, que a situação era “grave”. A situação não terá sido ainda resolvida.
Com a chegada ao Minho o “Leslie” acalmou. Às 2h00 o presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera explicava que a tempestade pós-tropical já estava “no extremo norte do território do continente português” e que, apesar de prever “precipitação na região do Minho”, a situação iria normalizar rapidamente.
O que resta da noite, com a ajuda do raiar da primeira luz da manhã, permitirá avaliar melhor tudo o que o “Leslie” fez a Portugal Continetal.