15 out, 2018 - 09:16
Com mais um dia de chuva, adensam-se as preocupações nos locais mais afetados pela tempestade "Leslie", em especial nos distritos de Coimbra e Leiria.
O vento danificou o telhado de várias habitações, o que "é preocupante porque está a chover", relata a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR-Centro), em entrevista à Renascença.
Contudo, salienta Ana Abrunhosa, "as famílias reagiram com muita força, estão a limpar e a proteger as casas".
No terreno desde domingo, a presidente da CCDR-Centro dá conta ainda de equipamentos e estruturas municipais afetados, nomeadamente lares, escolas, pavilhões gimnodesportivos e algumas IPSS.
"Com o vento, o maior prejuízo foi nas coberturas, mas também nas janelas. E entrando o vento pelas janelas, destrói-se os equipamentos", conta.
Ana Abrunhosa fala em dez concelhos afetados. "De forma muito pesada foram Condeixa-a-Nova, Montemor-o-Velho, Soure, Figueira da Foz e Cantanhede."
O tecido empresarial também não escapou à força da tempestade. No distrito de Coimbra, há empresas "muito afetadas", que não têm condições para regressar ao trabalho esta segunda-feira.
As escolas de Soure, Figueira da Foz e de Montemor-o-Velho vão estar encerradas por questões de segurança.
A tempestade afetou também o abastecimento de energia. Cerca de 100 mil pessoas estão ainda sem luz, esta segunda-feira. A EDP Distribuição está no terreno a reparar a linha elétrica.
A tempestade Leslie que passou no sábado e madrugada de domingo por Portugal provocou 27 feridos ligeiros, 61 desalojados e quase 1.900 ocorrências comunicadas à Proteção Civil.
Fez ainda 61 desalojados, 57 dos quais no distrito de Coimbra, um em Leiria e três em Viseu.