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Mais de um milhão de trabalhadores portugueses são pobres

17 out, 2018 - 07:17

A Rede Europeia Anti-Pobreza alerta para o facto de que ter um emprego não chega.

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Mais de 1,1 milhões de portugueses que têm trabalho, são pobres, ou seja, cerca de 10% da população nacional. O alerta é da Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN), que diz que ter um emprego não chega. Isto é, o rendimento proveniente do trabalho não é suficiente para satisfazer as necessidades familiares.

À Renascença, o padre Jardim Moreira, lembra que faltam empregos dignos. “Os empregos de muita gente são precários e, portanto, o vencimento não é suficiente para resolver e enfrentar as necessidades do agregado familiar”.

“Entre os pobres temos 10,7% que são trabalhadores. Quer dizer que ter emprego não é suficiente para tirar uma pessoa da pobreza”, sublinha.

No Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, esta organização aponta como prioridade uma maior aposta na educação e na melhoria das qualificações.

Taxa de risco de pobreza acima da média da UE

Portugal apresentava em 2017 uma taxa de 23,3% de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social, acima da média da União Europeia (UE 22,5%) mas 2,7 pontos abaixo da de 2008, divulgou esta quarta-feira o Eurostat.

Analisando os componentes do indicador, no ano passado estavam 18,3% de pessoas em risco de pobreza monetária (após as transferências sociais) em Portugal, acima da média europeia (16,9%). No que respeita a situação de privação material severa, Portugal estava, em 2017, em linha com a UE nos 6,9%.

Face a 2008, a taxa de risco de pobreza ou exclusão social aumentou em dez Estados-membros entre 2008 e 2017, com a principal subida na Grécia (6,7 pontos percentuais, para os 34,8%), em Itália (3,4 pontos, para os 28,9%), Espanha (2,8 pontos, para os 26,6%) e Holanda (2,1 pontos, para os 17,0%).

Os recuos mais significativos no mesmo período foram registados na Polónia (-11 pontos, para os 19,5%) Roménia (-8,5 pontos, para os 35,7%), Letónia (-6,0 pontos, para os 28,2%) e Bulgária (-5,9 pontos, para os 38,9%).

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  • Cidadao
    19 out, 2018 Lisboa 14:17
    "No Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, esta organização aponta como prioridade uma maior aposta na educação e na melhoria das qualificações. " - Para quê? Para continuarem precários, com o salário mínimo ou nem isso? O meu conselho é organizarem-se em sindicatos, e lutarem vocês mesmos por melhores condições. Vocês que produzem bens, o que significa dinheiro para o bolso de um patrão, têm muito mais força, embora vos tentem convencer do contrário, que os da Função Pública que só produzem serviços. Há muito pouco a esperar do Patronato, e então salários dignos e respeito pelas pessoas é coisa que de lá, não vem de certeza, a não ser depois duma boa luta.
  • Mais um P/Renascença
    17 out, 2018 13:26
    Vá lá, 4 alineas de escrita para levar mais de uma hora a ser publicado, o comentário abaixo, o assunto até é preocupante e digno de análise..." claro que fiz outro a reclamar, mas não se trata até por ter levado mais de uma hora, se bem que não tem qualquer lógica, mas sim porque são muitos os comentários que já fiz e não são publicados, o que é de uma falta de respeito sem precedentes. Até muito me admira terem publicado o comentário de baixo, para mim demonstra mesmo hipocrisia....A Rrenascença censura por tudo e por nada e escreve-se para o boneco. Sinto-me indignado com vocês...
  • P/RRenascença
    17 out, 2018 10:07
    O assunto até é preocupante e digno de análise, mas comentar para depois o comentário não ser publicado, como tem acontecido vezes sem conta, sendo uma grande falta de respeito à liberdade de opinião, eu já deixei de ter vontade de escrever nestes espaços para nada. É vergonhoso a vossa censura, por tudo e por nada, principalmente quando está ao serviço paulo coelho e sonia santos. Não se admite esta falta de respeito por um meio de comunicação social---

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