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​“É uma coincidência”. Vereador de Lisboa reage à polémica da casa do presidente

22 out, 2018 - 17:00 • Cristina Branco ,com redação

José Sá Fernandes diz ser legal o facto de a antiga residência oficial do presidente da Câmara Municipal de Lisboa estar disponível para alojamento local.

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No mesmo dia em que Fernando Medina anunciava a entrada em vigor da nova legislação que regula o alojamento local, fica a saber-se que residência oficial do presidente da Câmara Municipal de Lisboa está disponível para alojamento.

A concessão a privados da Casa do Presidente da Villa, localizada em pleno parque florestal de Monsanto, foi tema de debate durante a última campanha autárquica, mas a notícia ressurgiu esta terça-feira.

Em entrevista à Renascença, o vereador José Sá Fernandes responde à polémica e diz que tudo não passa de uma coincidência, já que a decisão foi aprovada em 2014 e a residência está disponível num site de reservas turísticas desde agosto.

“É uma coincidência. Aquilo que o senhor presidente hoje foi apresentar tem a ver com o alojamento local dentro da cidade, isto [a residência oficial do presidente da autarquia] é em Monsanto. A casa chamada do presidente está em booking e não é a partir de hoje, já está há umas semanas. Foi a primeira a ser arranjada", explica.

"Quem ganhou o concurso tem obrigação de arranjar uma data de casas, que depois podem servir para eventos, para restauração ou para alojamento local. Mas esta decisão é uma decisão de 2014“, acrescenta.

No site Booking, uma noite na Casa do Presidente pode rondar mais de 800 euros, segundo uma simulação feita para o dia 23 de outubro. Sá Fernandes justifica este valor com base no custo da concessão.

“É uma vivenda. O privado está a fazer um investimento enorme, é superior a 3 milhões e 800 mil euros, tem de pagar uma renda de 2.600 euros por mês… alguma coisa ele vai ter que recuperar”, esclarece o vereador.

A licença do Registo Nacional de Alojamento Local pertence à empresa MCO II, que gere, entre outros espaços, o Mercado de Campo de Ourique, o Moinho do Penedo e a Quinta da Pimenteira, ambos em Monsanto.

Comentários
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  • Martins
    23 out, 2018 LX 09:53
    A CML é hoje em dia um enorme "empreendimento" comercial... Taxas para tudo o que mexe e não mexe, e pelos vistos vamos começar a ver o arrendamento de espaços como este que deveriam estar reservados para outras funções. Depois é uma falta de vergonha, na aplicação dos dinheiros arrecadados. Obras para turista ver, radares por todo o lado, etc. Mas, por outro lado, pisos totalmente deformados em certas vias da cidade em que a CML optou por voltar à calçada tradicional como se andássemos de carroça ou charrete e não houvesse tráfego de pesados...
  • 22 out, 2018 22:36
    Afinal em que é que ficamos, 800 ou 1800€?. Pois bem, depois do meu " DESABAFO " ouvi no Telejornal o sr.presidente da autarquia lisboeta dizer que a casa não iria ser ocupada pelos presidentes e nesse caso fizeram o que está FEITO. Por outro lado ouvi o Jornalista dizer que ROBLES achou na altura " CAMPANHA ELEITORAL " que se tratava de um NEGÓCIO RUINOSO. Perante a DESCULPA de um e a ACUSAÇÃO de outro, acho que devo dizer o seguinte. Portugal tem ao longo do território FLORESTAL várias CASAS do GUARDA FLORESTAL, ou melhor TINHA. Corrigi, porque as casas hoje estão em RUÍNAS. Quando as mesmas estavam em condições de APROVEITAMENTO, alojamento, restauração (?), ou outro tipo de APOIO, foram as mesmas CONSIDERADAS como não CONCESSIONADAS, ou seja, não podiam ser utilizadas por particulares que as queriam RESTAURAR, fosse qual fosse o FIM ou o destino a dar ás mesmas. Hoje é vê-las em RUÍNAS. Depois temos as Antigas Estações e Apeadeiros das Linhas Férreas. Também essas foram consideradas não CONCESSIONAVEIS. Aquelas que eu conheço e são mais de uma DÚZIA, na altura estavam FUNCIONAVEIS e hoje estão completamente em RUÍNAS e consequentemente atiradas ao ABANDONO. Assim sendo, como é possível alguém vir HOJE defender algo semelhante ao que foi REGEITADO na ALTURA? Como disse, lisboa é PORTUGUÊS e o resto do PAÍS é um POUCO DE PÓ ( NADA ). Aproveito e pergunto, quando é que esta PÁTRIA ou NAÇÃO exclui esta " GENTE " dos LUGARES DE DECISÃO? JÁ CHEGA, são MUITOS os CASOS.
  • 22 out, 2018 19:48
    COINCIDÊNCIA ou NÃO, eis a questão. Casa OFICIAL do presidente da câmara municipal de lisboa. Casas dos POBRES, casas que o BOM Padre Américo mandou construir, pedindo ao " PRÓXIMO ". Não quero saber, não estou interessado em saber quem é o( a ) MCO II, mas gostava que o vereador, ou o presidente, ou o fisco me dissessem se ESTA e as OUTRAS PAGAM IMI, PROPORCIONALMENTE como as CASAS DOS POBRES ás QUAIS de quando em quando é CORTADA a água e a eletricidade. Com estas SITUAÇÕES é que ALGUNS se deviam INDISPOR. Parafraseando alguém, CADA CAVADELA CADA " MAIOR DESILUSÃO ". Afinal lisboa é Lisboa ( É DE ALGUNS ), o resto é QUASE NADA. Mas quem estiver a ler este meu desabafo, não pense que é falar por falar. É a realidade deste PAÍS. Se uma noite pode ficar por 800 €, pessoa ou pessoas e quantas no máximo? E porque será outra VÊZ um vereador de ESQUERDA a dar satisfações? FREI Tomás, venha ver e por cobro a isto.

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