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Nova ministra diz que 94% dos portugueses terão médico de família até ao fim do ano

24 out, 2018 - 18:10

Marta Temido avança 94%, mas a proposta do Orçamento do Estado para 2019 aponta para 96%. O Ministério da Saúde já explicou a discrepância com o argumento de que "os 94% são um cenário conservador".

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A ministra da Saúde, Marta Temido, assegurou, esta quarta-feira, que "no final do ano" 94% dos portugueses terão médico de família, sendo que ainda há 580 mil pessoas sem acompanhamento.

"Temos prosseguido e vamos continuar a prosseguir a meta de garantir que todos os portugueses tenham um médico de família atribuído até ao final da legislatura. E, nesse sentido, estamos a fazer o caminho e estimamos que, no final do ano, a cobertura de portugueses com médico de família atinja já os 94%", afirmou Marta Temido, em Baguim do Monte, Gondomar, durante a abertura de uma nova Unidade de Saúde Familiar (USF).

No entanto, segundo a proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2019, o Governo aponta para uma cobertura de 96% de portugueses com médico de família até ao final do ano, acrescentando que a cobertura era, em 2015, de 89,7%.

À Lusa, fonte do Ministério da Saúde, confrontada com a discrepância entre o valor do OE e as declarações de Marta Temido, esclareceu que "os 94% são um cenário conservador tendo por base a aposentação de todos os médicos de família que estejam em condições para o fazer, mas como historicamente isso não se tem verificado, a perspetiva plasmada do Orçamento de Estado é de 96%".

Naquela que foi a sua primeira intervenção enquanto ministra da Saúde, Marta Temido, que há uma semana substituiu Adalberto Campos Fernandes, recordou que "em 2015 havia ainda um milhão de portugueses sem médico de família e neste momento caminha-se para se ter 580 mil".

A governante afirmou que o trabalho ainda não está concluído: São ainda muitos portugueses para quem precisamos de trabalhar", salientou.

Marta Temido referiu ainda o trajeto traçado pelo Governo para atingir aquele objetivo.

"Entendemos que, e o programa do Governo definiu desde o início, uma das melhores formas de conseguir essa cobertura populacional que precisamos era através do modelo de Unidade de Saúde Familiar e pretendermos até ao final da legislatura, e estou em condições de afirmar, que vamos ultrapassar essa meta, ter as 100 novas USF a funcionar", disse a ministra da Saúde.

Comentários
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  • VICTOR MARQUES
    25 out, 2018 Matosinhos 12:40
    E os restantes seis por cento...morrem primeiro que alguns dos outros!!!...
  • FERNANDO MACHADO
    25 out, 2018 PORTO 10:35
    SENHORA RECÉM CHEGADA MINISTRA : CONTARAM SÓ PARA SI.
  • Nostra
    24 out, 2018 lisboa 21:21
    Promessas está o mundo cheio.Como gestora do processo e ministra começa mal.Criou já imagem de incompetencia ou desalinhamento com governo.A margem de inocencia e credibilidade finou,Vai ter forte contestaçao geral e especifica.Aqui estamos o Costa a segurar uma ministra,fraca imagem para tanto dito curriculo.Ganha Costa perde ministra.
  • 24 out, 2018 19:45
    Senhora Ministra, sabendo eu que a Senhora é conhecedora do momento actual do sistema de saúde que atravessamos e como sei que a Senhora é competente, venho dizer o seguinte, pensando eu, que possa contribuir para uma REFLEXÃO sobre se ainda vale a pena acreditar no SNS. Ao dizer o que vou dizer não penso no EU, mas sim no NÓS. Em Portugal há uma CIDADE onde está localizada a sede de um CENTRO HOSPITALAR englobando mais dois Hospitais, os quais já foram denominados de DISTRITAIS e não CONCELHIOS. Pois bem, nesse CENTRO HOSPITALAR temos uma ADMINISTRAÇÃO EPE e não entrando na GERÊNCIA do mesmo, tenho a CERTEZA que há ESPECIALIDADE e são BASTANTES que estão com as CONSULTAS com LISTRAS de ESPERA a rondar os QUATRO ANOS. A Senhora já conheceu o CORPO CLÍNICO desse CENTRO HOSPITALAR, mas actualmente não sei se o RECONHECERIA e porquê. Nessa CIDADE em questão, abriram muito recentemente dois HOSPITAIS PRIVADOS. O corpo clínico desses hospitais também é constituído por médicos desse CENTRO HOSPITALAR. Não tenho nem quero saber nada sobre essa SITUAÇÃO, mas como UTENTE DESPREZADO, REVOLTADO e INCOMPREENSIVELMENTE INJUSTIÇADO, acho que devo fazer esta pergunta, não á Senhora Ministra, que não tem nada haver com a SITUAÇÃO, mas sim ao SNS, CA do CHOSPITALAR, ORDEM dos MÉDICOS, como é possível alguém não se ESFORÇAR no C. HOSPITALAR para depois ir exercer atividade nesses hospitais? Não QUALIFICO nem CLASSIFICO, mas peço a si Senhora Ministra, ponha COBRO a isto. QUATRO ANOS? É MUITO

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