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Enfermeiros criam fundo e marcam greve

02 nov, 2018 - 23:25

Já foram angariados 308 mil euros.

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Duas estruturas sindicais de enfermeiros entregaram um pré-aviso de greve, de 22 de novembro a 31 de dezembro, na sequência da iniciativa promovida por um movimento para recolher fundos destinados a financiar a paralisação.

A greve abrange o Centro Hospitalar Lisboa Norte, o Centro Hospitalar Universitário de São João (Porto e Valongo), o Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, o Centro Hospitalar Universitário do Porto e o Centro Hospitalar de Setúbal, disse hoje à agência Lusa Lúcia Leite, da Associação Sindical Portuguesa de Enfermeiros, uma das estruturas que convocou a greve.

A greve surge na sequência da iniciativa lançada por um grupo de enfermeiros para recolher fundos destinados a financiar a paralisação.

Até às 22h00 de sexta-feira tinham sido angariados 308 mil euros, disse à Lusa Catarina Barbosa, que integra o movimento.

De acordo com a mesma fonte, os donativos são, sobretudo, de enfermeiros, mas também há médicos, anestesistas e outros profissionais a contribuir, além de amigos e familiares.

A greve é também convocada pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal.

Ainda não foi decidido se a recolha de fundos, iniciada em 15 de outubro, termina na segunda-feira conforme estava previsto. Para esse dia, foi agendada uma conferência de imprensa, em Lisboa, na sede da União Geral de Trabalhadores (UGT), de acordo com Catarina Barbosa.

Lúcia Leite explicou que o objetivo é parar, sobretudo, a cirurgia programada, embora todos os enfermeiros possam participar na greve.

A iniciativa partiu de um grupo de enfermeiros, mas para a convocação de uma greve é necessária a intervenção sindical, com a entrega formal de um pré-aviso.

Os enfermeiros pretendem ver aprovada uma carreira com três categorias e um conjunto de princípios que já entregaram ao governo. Em causa está também o descongelamento da carreira e a forma como cada instituição está a gerir o processo.

"Cada instituição está a fazer o descongelamento a seu bel-prazer. Uma grande maioria ainda não está a pagar nada", referiu a dirigente sindical.

O grupo promotor da iniciativa alega que os enfermeiros "não têm carreira digna", não progridem "há mais de 13 anos" e têm vencimentos baixos para licenciados.

Na quinta-feira, as duas estruturas sindicais que agora entregaram o pré-aviso de greve tinham desconvocado uma paralisação nos principais blocos cirúrgicos dos hospitais públicos, convocada para de 8 de novembro a 31 de dezembro.

A convocação da greve tinha, contudo, gerado dúvidas, com fonte do setor a alertar esta semana que o pré-aviso publicado a 24 de outubro não cumpria os dez dias úteis previstos no Código do Trabalho (de 25 de outubro até 7 de novembro decorrem apenas nove dias úteis).

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  • Filipe
    02 nov, 2018 évora 23:52
    Façam greves onde trabalham nos privados , deixem de prejudicar o povo pobre . Passam o tempo sem fazer nada , deviam trabalhar numa fábrica perante produtividade ao fim do dia se queriam era ver o que era trabalho . Se nos anos 80 se conheciam os carros de luxo dos médicos dentro dos hospitais e ganhavam pouco ... hoje quando se entra num parque de um qualquer Hospital público , custa-se a perceber que é enfermeiro e médico , pois todos se apresentam com modelos de 40 e 50 mil euros ... uma vergonha , disserem que ganham pouco ... talvez ganhem pouco para alimentarem BMW e MERCEDES ... comprem Fiat´s Punto ... se querem ver o ordenado sobrar mais de metade ao fim do mês e trabalhem , deixem de ter empregos . Também não atendam Delegados de propaganda Médica , pois cada um que atendem é dois ou três doentes pobres deixados de atender por dia . Uma vergonha .

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