05 nov, 2018 - 09:00 • Pedro Mesquita
Ainda não há uma aplicação capaz de reduzir a distancia geográfica entre as duas maiores cidades do país, sempre são 300 quilómetros. Mesmo assim, os portuenses mais tecnológicos prometem ficar atentos à Web Summit, que começa esta segunda-feira, seja através da navegação num qualquer link à vista ou nas ondas da rádio.
"É sempre interessante saber o que é que se passa, embora haja bastante informação na internet, um evento desta dimensão é sempre interessante", dizem-nos nas ruas da Invicta.
Contudo, lamenta-se que seja "tudo em Lisboa". "Cada vez temos menos centros tecnológicos, está tudo lá na capital, por isso se calhar Lisboa é mais beneficiada do que o Porto", diz-nos outro portuense.
E na hora de fazer as contas aos possíveis benefícios para o Porto desta cimeira em Lisboa, a distância volta a pesar quando olhamos para as taxas de ocupação hoteleira. Quem vai à Web Summit raramente passa antes, ou depois, pela cidade do Porto.
"Nas datas pré ou pós Web Summit não notamos uma procura adicional, o que é normal, as pessoas apanham o voo, vão para Lisboa, regressam às suas casas. É um evento de orientação profissional. As pessoas vêm trabalhar e depois regressam", afirma Joana Almeida, a diretora do Sheraton Porto Hotel. Não é turismo, é trabalho, salienta.
Também no Crown Plaza não existe um aumento de reservas por via da Web Summit. "Para o Porto não trouxe grandes resultados, não tivemos qualquer tipo de impacto", diz Glória Peixe, a diretora de vendas do hotel.
Há mais afluência nestes primeiros dias de novembro, "mas tem a ver com outros eventos que na cidade, nomeadamente a maratona". Quanto à Web Summit, Glória reconhece que "é um evento com impacto a nível nacional, porque traz notoriedade para o destino, mas não traz um impacto direto de reservas que depois façam a transição para Lisboa".
Se é um dos que não reservou bilhetes poderá, ainda assim, ser tecnologicamente aplicado e conhecer as novidades da Web Summit no site e na App da Renascença.