Há um novo programa para desempregados na área digital

É lançado esta quarta-feira um programa de formação em tecnologias da informação orientado para desempregados com formação de nível superior. Chama-se "Parceira Competências Digitais +" e será será concretizado através de acordos de cooperação entre o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e Politécnicos de diferentes regiões, com a participação de empresas de referência na área digital.

Numa primeira fase serão celebrados seis protocolos de cooperação entre Politécnicos e IEFP para dinamização de redes no Oeste, coordenada pelo Instituto Politécnico de Leiria; Cávado e Ave, coordenada pelo Instituto Politécnico do Cávado e Ave; Nordeste Transmontano, coordenada pelo Instituto Politécnico de Bragança; Castelo Branco, coordenada pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco; Setúbal-Palmela, coordenada pelo Instituto Politécnico de Setúbal e Viseu, coordenada pelo Instituto Politécnico de Viseu.

A iniciativa dirige-se a desempregados que, embora com qualificações de nível superior, revelam dificuldades de inserção no mercado de trabalho ou desajustamento de competências face às exigências da economia e do mercado de trabalho.

Na Manhã da Renascença, o secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, explicou esta parceria.

Em que consiste este programa?

É uma parceria que é assinada entre o Instituto de Emprego e Formação Profissional e os institutos politécnicos para que, em diferentes regiões do país, possa haver cursos direcionados para pessoas que são diplomadas do ensino superior e estão desempregadas - ou por terem competências desajustadas face ao mercado de trabalho ou por não terem conseguido encontrar trabalho nas suas áreas de formação -, para que possam reforçar as suas competências numa área que é estratégica, em termos de mercado de trabalho e das necessidades das empresas.

Quantos desempregados podem beneficiar deste programa?

Nesta primeira fase, e ao longo de 2019, vai abranger até 1.500 formandos. O investimento total do IEFP é de 3,5 milhões de euros.

Hoje são assinadas as seis primeiras parcerias regionais, num valor superior a um milhão de euros e com mais de 300 formandos. O objetivo é expandir a outras regiões do país.

Esta formação vai ser remunerada?

São formações de curta duração, não têm uma remuneração. Se as pessoas tiverem o subsídio de desemprego, continuarão a recebê-lo e poderão beneficiar da formação. Se houver lugar a uma bolsa, será uma bolsa de formação, que é o normal nestas ações de formação.

Quanto tempo dura a formação?

Os percursos formativos são desenhados pelos politécnicos e pelas empresas e podem ser variáveis. São normalmente ações de formação com algumas centenas de horas, permitindo que haja vários módulos de conteúdos, desde programação a design de sites.

Estão previstos estágios?

Os estágios podem existir noutro momento. Esta é uma parceria para a formação. Mas há uma parte da formação que pode ser feita em contexto de trabalho, depende do percurso formativo.

[Notícia atualizada às 10h00]