Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Infarmed garante segurança de medicamentos após aumento de queixas por reações graves

19 nov, 2018 - 16:19

Na primeira metade deste ano, foram registados, em média, 30 casos por dia. Responsável fala em mudança de atitude.

A+ / A-

A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) garantiu esta segunda-feira que os medicamentos comercializados em Portugal são seguros e têm qualidade, após a diretora de farmacovigilância daquela instituição ter afirmado que este ano foi registado um aumento de notificações das reações adversas a medicamentos.

Na primeira metade do ano, 5.385 casos de reações adversas foram denunciados à Autoridade do Medicamento, o que corresponde a uma média de 30 casos por dia. Este valor representa mais do dobro do número de reações adversas registadas em igual período de 2017.

Em declarações à Renascença, a presidente do Infarmed afastou quaisquer eventuais receios quanto à segurança dos medicamentos em Portugal, garantindo que o aumento das notificações se deve a uma mudança de atitude dos cidadãos e não à falta de qualidade dos fármacos.

"Tínhamos ideia de que havia uma subnotificação, ou seja, os cidadãos ou profissionais de saúde notificavam menos do que deviam os efeitos negativos dos medicamentos", explica Maria do Céu Machado.

"Entretanto, no ano passado, as plataformas europeias e portuguesa tiveram alterações e surgiu uma forma de notificar através de uma aplicação do telemóvel, o que significa que é muito mais fácil, eu até esperava que houvesse ainda mais notificações", adiantou a responsável. "Ou seja, não há mais efeitos adversos, a qualidade e a segurança dos medicamentos continua igual, mas há mais pessoas a notificarem os efeitos adversos ou inesperados dos medicamentos quando os tomaram."

Esta manhã, à margem das IV Jornadas do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e Resistência aos Antimicrobianos, que está a decorrer em Lisboa, a diretora de farmacovigilância do Infarmed tinha notado a subida “expectável e desejável” de notificações de doentes e médicos, uma que atribui ao trabalho desenvolvido pela autoridade do medicamento.

"Esperamos chegar às dez mil", afirmou Fátima Canedo aos jornalistas. "No ano passado tivemos seis mil, por isso estamos satisfeitos com as campanhas e com a produtividade do novo portal” para notificação das reações adversas em 2017.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • FIlipe
    19 nov, 2018 évora 20:36
    Os alegados "genéricos" deixam muito a desejar , por vezes a diferença de 1 ou 2 euros não compensa .

Destaques V+