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Problema da falta de vacinas para a gripe está na gestão do "stock", diz bastonária dos Enfermeiros

21 nov, 2018 - 11:50

Ana Rita Cavaco diz que a gestão deficiente do "stock" faz com que haja "défice de vacinas no início da campanha" e “um desperdício” no final.

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A bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, diz que o problema da falta de vacinas para a gripe tem origem na gestão de "stocks" e não, propriamente, na processo de aquisição.

“As vacinas não chegam a tempo e horas e nas quantidades suficientes aos centros de saúde e todos os anos isto acontece”, diz Ana Rita Cavaco à Renascença.

A bastonária reage deste modo às declarações da diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, que, esta quarta-feira, na Manhã da Renascença, garantiu que “há vacinas suficientes para todos”, uma vez que foram adquiridas, na terça-feira, “um milhão e 450 mil doses” de vacinas

A bastonária da Ordem dos Enfermeiros diz que o problema não reside no número de vacinas que o Estado adquire, mas sim na gestão do "stock" que chega aos centros de saúde.

"O problema não é o número de vacinas que foram adquiridas. O problema é como é que elas chegam às unidades de saúde”, diz Cavaco, sublinhando que o problema se repete “sistematicamente” ao longo dos anos.

A bastonária da Ordem dos Enfermeiros diz que a gestão deficiente do "stock" faz com que haja "défice de vacinas no início da campanha" e “um desperdício” no final.

“Nós não sabemos se existe ou não um racionamento naquilo que é a distribuição das farmácias da administração regional de saúde”, mas o que acontece é que “um enfermeiro, que, numa semana, pede 250 vacinas, recebe apenas 50 e, no final da campanha da gripe, quando é preciso menos vacinas, o enfermeiro pede 50 vacinas e ai vêm as 250", conta Ana Rita Cavaco, alertando para o “desperdício de dinheiro brutal” que se regista

Segundo a Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, “só a partir de hoje, na zona do Norte é que haverá vacina disponível”, o que levará a uma “lista de espera extensa”.

“Nós enviamos para o Ministério de Saúde, quer para a Direção Geral de Saúde e para o Infarmed todas as situações que nos chegam de rotura de vacinas. Mas isto é uma situação que já acontece há anos, não há motivo nenhum para ainda não se ter feito nada”, critica a Bastonária.

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