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Protesto em França. Camionistas portugueses queixam-se de falta de apoio e alertam para prejuízos

21 nov, 2018 - 11:11

Entre 10 mil a 15 mil portugueses foram apanhados pelo protesto dos “coletes amarelos”, que contesta o aumento dos combustíveis.

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A Associação Nacional dos Transportes Portugueses (ANTP) queixa-se de uma total falta de apoio aos camionistas portugueses afetados pelos protestos em França.

“O apoio não é nenhum. Nem da polícia, nem de bombeiros, nem da Proteção Civil francesa. Só mesmo quando chegam ao pé das zonas do bloqueio é que têm alguns militantes a dar alguma água. De resto, o apoio é zero”, descreve o presidente da ANTP.

Nestas declarações à Renascença, Márcio Lopes refere quais são as principais dificuldades que os colegas estão a sentir: “Começa-se a acabar a água, não há higiene pessoal, começa-se a acabar os alimentos, começam a estar inquietos, fartos e cansados de estar sempre no mesmo sítio, sempre a mesma coisa.”

Márcio Lopes alude também a prejuízos que se vão acumulando com o passar dos dias e alerta para uma eventual escassez de alguns produtos.

“Um dia com o camião parado, um investimento parado, não rende nada. Vai haver prejuízos e pode haver situações, cá em Portugal, de alguma escassez de alguns produtos que não tenham muito ‘stock’”, alerta.

Cerca de 10 a 15 mil camionistas portugueses estão a ser afetados pelos “coletes amarelos”, que estão em protesto contra o aumento do preço dos combustíveis.

Várias manifestações contra o aumento das taxas de combustível têm estado a perturbar a circulação nalgumas estradas francesas e o acesso a bombas de combustível, O protesto é organizado pelos "coletes amarelos", movimento cívico criado em França, à margem de partidos e sindicatos, criado espontaneamente nas redes sociais e que está contra o aumento dos impostos dos combustíveis e a diminuição do poder de compra.

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