24 nov, 2018 - 19:06
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O comandante distrital de Operações de Socorro (CODIS) de Évora indicou que as equipas continuam as operações de “buscas, desobstrução e drenagem”. José Ribeiro revelou ainda que conseguiram detetar a grua, mas ainda não sabem onde estão as duas viaturas.
A pedreira onde se suspeita estar o corpo da segunda vítima mortal do acidente está quase "sem água", o que vai facilitar as buscas, indicou o comandante distrital. "Temos quatro bombas em funcionamento, com resultados muito visíveis na pedreira mais pequena", estando "praticamente sem água", apenas com "um metro" de profundidade, precisou José Ribeiro, em declarações aos jornalistas.
Na conferência de imprensa sobre o ponto de situação, o comandante assinalou que o poço desta pedreira ainda tem "um conjunto de pedras e blocos", mas referiu que, com água drenada, as equipas de busca vão "ter outras condições" de trabalho.
Nesta pedreira, sublinhou, continuam "os trabalhos de desobstrução junto à máquina acidentada", onde estará o corpo da segunda vítima mortal, os quais têm tido o apoio de "uma grua e de uma máquina giratória" para retirar os grandes blocos.
Sobre os trabalhos na pedreira com "maior plano de água", José Ribeiro indicou que a Marinha colocou "um equipamento que é operado remotamente e o trabalho feito não permitiu ainda qualquer sinal relevante".
Ainda nesta pedreira, segundo o comandante operacional, os mergulhadores realizaram buscas "na zona mais afastada da vertente e também não detetaram qualquer veículo", conseguindo apenas "detetar a grua e alguns dos objetos que foram arrastados".
"Amanhã [domingo] prosseguem os trabalhos de mergulho e estimamos fechar aquela que é a área mais segura, ficando por avaliar a zona mais próxima da vertente, que é a que oferece maiores riscos e aí teremos de fazer uma análise mais ponderada de qualquer intervenção", realçou.
O mesmo responsável considerou que os trabalhos estão "a decorrer conforme o planeado, fase a fase, com muita ponderação, sempre com muita atenção à segurança".
Cinco dias de operações
O deslizamento de um grande volume de terra e o colapso do troço da estrada entre Borba e Vila Viçosa, no distrito de Évora, para o interior de uma pedreira ocorreu na segunda-feira passada às 15h45.
Segundo as autoridades, o colapso de um troço de cerca de 100 metros da estrada terá arrastado para dentro da pedreira contígua, com cerca de 50 metros de profundidade, uma retroescavadora e duas viaturas civis, um automóvel e uma carrinha de caixa aberta.
Na terça-feira, o comandante distrital de operações de socorro (CDOS) de Évora, José Ribeiro, disse que um dos corpos foi retirado da pedreira perto das 14h50.
O Ministério Público instaurou "um inquérito para apurar as circunstâncias que rodearam a ocorrência".
O Governo pediu na quarta-feira uma inspeção urgente ao licenciamento, exploração, fiscalização e suspensão de operação das pedreiras situadas na zona de Borba.