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Sindicatos dos professores falam em “tremenda derrota do Governo”

26 nov, 2018 - 20:54

Fenprof e FNE consideram que, com a decisão do Parlamento, o Governo está obrigado a voltar à mesa das negociações sobre o prazo e o modo para devolver nove anos, quatro meses e dois dias de carreira congelada.

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A decisão do Parlamento de obrigar o executivo a negociar o descongelamento das carreiras com os professores é uma “derrota para o Governo e para o PS”, afirma o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira.

Em declarações à Renascença, o sindicalista considera que o Governo está agora obrigado a voltar à mesa das negociações sobre o prazo e o modo para devolver nove anos, quatro meses e dois dias de carreira congelada.

“Neste momento o Governo tem que recomeçar a negociação. A negociação tem que incidir sobre o prazo e sobre o modo, o que significa que o Governo vai ter que negociar a forma e até quando é que deve recuperar os nove anos, quatro meses e dois dias”, afirma Mário Nogueira.

“Eu não diria que é uma vitória, acho que é um fruto da luta dos professores, de toda a pressão e dos contactos institucionais que temos feito na Assembleia da República. Temos a certeza que, se não fosse a ação que desenvolvemos na Assembleia da República e publicamente, hoje, provavelmente, passaria sem problema aquilo que o Governo fez de apagar seis anos e meio. Não diria que é propriamente uma vitória, mas acho que é uma tremenda derrota do Governo e do Partido Socialista”, sublinha o dirigente da Fenprof.

Para o secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE), João Dias da Silva, as decisões tomadas pela Assembleia da República apontam num caminho quanto ao prazo e ao modo de restituir aos professores o tempo de trabalho congelado: a restituição total, e não parcial, frisa.

“A Assembleia da República volta a dizer ao Governo que tem que fazer uma governação que incida sobre o prazo e o modo, que foi aquilo que o Governo não fez durante o ano de 2018. Aquilo que o Ministério da Educação colocou em cima da mesa foi uma leitura única no sentido de que iria determinar uma quantidade de tempo que foi congelado. Não é isso que a Assembleia da República diz desta vez: é para negociar o prazo e o modo”, defende João Dias da Silva.

O Governo de António Costa e os professores vão ter de volta à mesa de negociações para chegar a um consenso quanto ao tempo de carreira da classe que deve ser descongelado.

Esta segunda-feira, os deputados do PSD, CDS-PP, BE e PCP votaram a favor das propostas do CDS e do PSD que preveem o regresso ao diálogo, naquele que é um dos temas que tem dominado as discussões sobre o Orçamento do Estado para 2019.

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  • Sebastião
    06 dez, 2018 Lisboa 06:34
    Não , burro , não foi uma tremenda derrota do governo , foi uma tremenda vitória da direita.. Continuas a cometer sempre o mesmo erro e isso só mesmo sendo muito BURRO.
  • Duarte
    27 nov, 2018 Dunas 15:06
    Quando vi a notícia até pensei que as declarações fossem de Jerónimo de Sousa. Os comunas é que estão sempre a dizer "é uma derrota para o PS e para as políticas de direita". Toda a gente sabe que a FenProf, a FNE, a CGTP e demais organizações de protesto, são tentáculos do comunismo. Eles protestam contra o PS, depois votam no PS que é para poderem continuar a protestar. Se assim não fosse faria algum sentido existirem os sindicatos??
  • Cidadao
    27 nov, 2018 Lisboa 09:04
    Derrota? só política. Todos sabem o que são as negociações para este governo: ganhar tempo, arrastar as coisas, protelar, protelar, desculpar, protelar... até vir dizer que não se chegou a acordo porque os outros são intransigentes, ou seja, recusaram o que o governo quer impor. O governo pode agora ser obrigado a reabrir negociações, mas isso está muito longe do reconhecimento dos tais 9 anos, não tenham ilusões. O Costa anda por aí a tentar criar uma vaga de fundo contra os professores, alguma coisa quer dizer...

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