03 dez, 2018 - 17:15
Ao som de sirenes e a gritar "Deixa arder", os bombeiros foram travados junto da porta do Ministério da Administração Interna (MAI) por outros bombeiros e por policias. Este momento de tensão aconteceu quando uma delegação dos sindicatos tinha ido entregar ao MAI uma resolução aprovada durante a concentração.
Os bombeiros chegaram a derrubar as grades colocadas em frente ao edifício, mas a intervenção de outros colegas e da polícia conseguiu serenar, um pouco, os ânimos.
A presença policial foi reforçada junto ao Ministério da Administração Interna, na Praça do Comércio, em Lisboa.
Os bombeiros profissionais deslocaram-se, depois, para a Câmara Municipal de Lisboa, onde vão entregar uma carta ao presidente do município, Fernando Medina.
Segundo os sindicatos organizadores do protesto, a carta tem como objetivo sensibilizar o presidente da Câmara de Lisboa para o problema relacionado com as propostas do Governo para o estatuto profissional e o regime de aposentação.
Os dirigentes dos sindicatos apelaram para a calma enquanto forem entregar a carta.
Centenas de bombeiros profissionais estão em protesto contra as propostas do Governo que regulam o estatuto e o regime de aposentações da classe.
A concentração, que começou às 14h30, foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML) e pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), a que se juntam a Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais (ANBP) e o Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (SNBP).
Em causa está o novo estatuto profissional que regula a carreira especial de sapador bombeiro e de oficial sapador, aprovada na generalidade pelo Governo a 25 de outubro.
Os sindicatos contestam a proposta apresentada pelo Governo porque há uma redução dos salários, passando os bombeiros sapadores a ter uma remuneração de início de carreira igual ao salário mínimo nacional.
"Os bombeiros profissionais vão passar a ser os trabalhadores da função publica mais mal pagos", disse perante os manifestantes António Pascoal, delegado sindical dos Sapadores de Lisboa no STML.
Vestidos com os uniformes de bombeiro, estes profissionais exibem cartazes em que se lê "Bombeiros dizem não ao Governo por carreiras e aposentações dignas", além de se manifestarem de forma ruidosa, com buzinas.
[notícia atualizada às 18h20]