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Greve

CP antecipa fortes perturbações e supressões de comboios "a nível nacional"

04 dez, 2018 - 16:04

Empresa refere em mensagem enviada aos passageiros que “não serão disponibilizados transportes alternativos” na sexta-feira, dia de greve dos trabalhadores ferroviários.

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A CP – Comboios de Portugal alertou esta terça-feira para “fortes perturbações” na circulação de comboios na próxima sexta-feira, devido à greve convocada para esse dia pelos trabalhadores ferroviários. A empresa prevê supressões a nível nacional em todos os serviços ao longo de todo o dia de paralisação, agravados pelo facto de o Tribunal Arbitral não ter decretado serviços mínimos.

Numa informação enviada aos passageiros por email, a CP refere que, “por motivo de greve convocada por diversas organizações sindicais, preveem-se supressões de comboios a nível nacional em todos os serviços no dia 7 de dezembro”.

A transportadora refere que “não serão disponibilizados transportes alternativos”.

A CP diz que permitirá o reembolso no valor total do bilhete adquirido, ou a sua revalidação, sem custos, para os passageiros já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, InterRegional, Regional e Celta.

“Estes pedidos devem ser apresentados nas bilheteiras ou no formulário de contactos, até 10 dias após terminada a greve”, detalha a transportadora rodoviária.

Os trabalhadores da CP, da EMEF e da Infraestruturas de Portugal (IP) vão fazer uma greve de 24 horas na sexta-feira, em defesa da negociação de melhores condições de trabalho.

"Decidimos fazer esta greve no mesmo dia nas três empresas porque o Governo continua a não dar resposta a uma reivindicação comum que é a de negociar melhores condições para estes trabalhadores", disse à agência Lusa José Manuel Oliveira, coordenador da Federação dos Sindicatos dos Transportes e comunicações (FECTRANS), no dia 20 de novembro.

O sindicalista lembrou, na altura, que o Governo nem sequer está a cumprir os acordos que tinha estabelecido com os sindicatos no sentido de ser desenvolvida uma negociação com vista a dar resposta às reivindicações dos trabalhadores, que têm levado à concretização de várias greves ao longo do ano.

Referiu, como exemplo, o acordo estabelecido em fevereiro para a CP, que previa a negociação de medidas para entrarem em vigor em outubro, mas que não resultou em nada, dado que não houve reuniões entre abril e 14 de novembro, data em que ainda não foram apresentadas propostas.

A greve foi decidida após a realização de plenários em vários pontos do país.

[Notícia atualizada às 17h50 com a informação de que o Tribunal Arbitral não decretou serviços mínimos]

Comentários
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  • Luis Ribeiro
    05 dez, 2018 Faro 17:19
    O que é delicioso é ver a CP, que em muitas linhas suprime regularmente certos comboios pelos mais diversos motivos, no dia da greve todas as supressões que ocorram serão por motivo de greve. Nesse dia, todos os comboios necessarios estariam em condiçoes de circular, as oficinas da EMEF teriam todo o pessoal necessario, para comprar um parafuso já estariam todas as assinaturas necessarias entre muitas outras coisas. Realmente, esses trabalhadores são uns malandros. Logo no dia que tudo estaria pronto para funcionar, é que fazem greve. Malandros, esses trabalhadores. É preciso ter azar, diz a CP! E os utentes respondem, azar é ter a CP!

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