Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

​Greve de enfermeiros afeta doentes. “Muitos não vão recuperar estado de saúde”

05 dez, 2018 - 12:03

Paralisação começou no dia 22 de novembro. Enfermeiros admitem prolongar protesto até ao fim do ano.

A+ / A-

O presidente da Associação dos Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço, garante que a greve dos enfermeiros em curso já está a afetar a saúde individual dos doentes.

“Muitas pessoas não vão recuperar o seu estado de saúde”, garante Alexandre Lourenço.

O presidente da associação explica que muitos dos doentes afetados são vítimas de “trauma, na área da ortopedia, por exemplo, que têm de ter cirurgias de feridas, ou seja, não são feitas de urgência, têm de ser estabilizados e depois feita a cirurgia no máximo até 72 horas. Estes doentes estão a aguardar há já vários dias, dentro do SNS. Já temos efeitos sobre a saúde individual dos doentes”.

“Com a duração que a greve está a ter impede que exista qualquer procedimento de agendamento de cirurgias. Está a causa um transtorno enorme na atividade destes hospitais”, acrescenta.

Nestas declarações à Renascença, Alexandre Lourenço considera ainda que “era muito importante encontrar solução, impelir o Governo e os sindicatos e responsabilizá-los pela saúde individual dos doentes”.

Os enfermeiros dos blocos operatórios do Centro Hospitalar Universitário de S. João (Porto), no Centro Hospitalar Universitário do Porto, no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e no Centro Hospitalar de Setúbal estão em greve desde o dia 22 de novembro e admitem prolongar a paralisação até final do ano.

A greve foi convocada pela Associação Sindical Portuguesa de Enfermeiros (ASPE) e pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor), embora inicialmente o protesto tenha partido de um movimento de enfermeiros que lançou um fundo aberto ao público que recolheu mais de 360 mil euros para compensar os colegas que aderissem à paralisação.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Filipe
    05 dez, 2018 évora 15:28
    Expulsão imediata , e processos criminais em cima dessa gente que escolhe as pessoas como os Nazis faziam nos Campos de Concentração . Ultimamente tem se visto em Portugal um mar de greves , mas as greves tem um significado , só as fazem que tem empregos , quem tem trabalho e gosta do emprego não faz greve , quanto mais prejudicar terceiros . Andam lá só para terem ordenados e regalias ao fim do mês , basta um dia o patrão Estado lhe faltar , já não metem lá os pés . Por vezes e quantas os particulares tem dificuldades financeiras e andam os trabalhadores a trabalharem sem receber , com esperança de um dia virem a receber e assim manterem as empresas abertas . Quem hoje faz greves em Portugal é quem não presta para o trabalho , é uma espécie de avaliação de desempenho ; Não prestam e só a olharia os mete no caminho . Não se justifica quem tem Mercedes parados à porta de casa e casas de luxo , filhos em colégios privados , fazerem greves . Prejudicam sim os pobres , os desempregados e os reformados pobres , os doentes do Sistema de Saúde Pública que não tem cartões de saúde do privado e que não fazem greves , não podem e não querem , vivem com o pouco que tem , mas mesmo assim aparecem abutres na frente para os destruir , uma Vergonha Nacional .

Destaques V+