06 dez, 2018 - 07:26
Os guardas prisionais iniciam esta quinta-feira uma nova greve nacional que se prolonga até 18 dezembro e realizam uma vigília em frente à Presidência da República para exigirem a revisão do estatuto profissional.
Este protesto é convocado pelo Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP). O sindicalista Jorge Alves disse à agência Lusa que a vigília tem como objetivo pedir a intervenção do Presidente da República na revisão do estatuto profissional.
Adiantou que os guardas prisionais exigem que sejam retomadas as negociações com o Ministério da Justiça que foram suspensas em agosto.
No âmbito da revisão do estatuto, os guardas prisionais reivindicam uma atualização da tabela remuneratória, criação de novas categorias e um novo subsídio de turno.
Alteração dos horários de trabalho, descongelamento das carreiras e novos admissões para o corpo dos guardas prisionais são outros motivos dos protestos.
Esta greve acontece depois de os guardas prisionais terem realizado uma paralisação de quatro dias, que terminou na terça-feira, e da realização de um plenário no Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL) que impediu a realização de visitas aos reclusos na quarta-feira.
Este cancelamento das visitas desencadeou, na noite de terça-feira, um motim no EPL com os reclusos a queimarem colchões e papéis e a partir algum material, obrigando os guardas prisionais a “usar a força”.
Na quarta-feira, uma outra estrutura sindical, o Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional (SICGP) anunciou também que vai realizar uma greve entre 15 de dezembro e 6 de janeiro.
A ministra da Justiça considerou, também na quarta-feira, que “do ponto de vista humano” esta altura não é a ideal para os guardas prisionais cumprirem períodos de greve, dizendo que os mais prejudicados são os reclusos.