07 dez, 2018 - 13:58
Os guardas prisionais decidiram prolongar a greve até dia 27 como forma de pressão para exigir a revisão do estatuto profissional.
A decisão foi anunciada pelo presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional na manhã desta xexta-feira esta manhã, no final da vigília de 16 horas em frente ao Palácio de Belém.
Um protesto que terminou com uma novidade: os guardas prisionais vão ser recebidos pelo presidente da república na segunda-feira.
Jorge Alves, presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), fala por isso numa sensação de alívio e dever cumprido.
Na quinta-feira, Jorge Alves adiantou que adesão no primeiro dia de greve foi de 80%, tendo afetado as visitas aos reclusos e as saídas para tribunal.
O sindicalista garantiu que, para este primeiro período de greve, estão asseguradas as visitas aos fins-de-semana, não estando ainda definidos os serviços mínimos para as paralisações.
A greve dos guardas prisionais foi considerada uma das razões para o motim na Ala B do Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL).
O presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) rejeitou, no entanto, responsabilidades.
"A Direção-geral [de Reinserção e Serviços Prisionais] está a aproveitar a situação para atirar a responsabilidade para cima do sindicato e do corpo da guarda prisional, o que é lamentável. Não reconhece que o novo horário criou muitos constrangimentos aos visitantes e aos reclusos visitados", disse Jorge Alves.
Ainda esta semana, cerca de 400 reclusos, das alas A e B da prisão de Custóias, no Porto, mais de metade da população prisional daquele estabelecimento, recusarem almoçar, levando os guardas a usar balas de borracha para os controlar.