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Professores pedem negociação suplementar ao Governo sobre tempo de serviço a descongelar

12 dez, 2018 - 19:02

Última reunião terminou sem acordo, após todos os partidos com assento parlamentar à exceção do PS terem forçado o Executivo a voltar à mesa de negociações.

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Os sindicatos de professores pediram esta quinta-feira ao Ministério da Educação uma reunião de negociação suplementar sobre a contagem integral do tempo de serviço congelado, depois de a última ter terminado sem qualquer acordo.

A 5 de dezembro, os sindicatos foram chamados para uma nova reunião de negociação, já depois de o Governo ter encerrado o processo e avançado com uma proposta unilateral de recuperação de dois anos, nove meses e 18 dias, menos de um terço dos nove anos, quatro meses e dois dias reclamados pelos professores, e a qual o executivo reiterou na reunião da passada semana.

A reunião aconteceu depois de a proposta de diploma do Governo ter recebido pareceres negativos dos parlamentos regionais das regiões autónomas da Madeira e dos Açores -- que encontraram entretanto, em cada um dos casos, soluções para a recuperação integral do tempo de serviço congelado aos docentes -- e também depois da aprovação do Orçamento do Estado para 2019, o qual prevê a mesma norma que já constava no Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), obrigando o Governo a negociar o prazo e o modo da recuperação com os sindicatos.

Face à ausência de acordo na reunião da passada semana, e à possibilidade legal de o fazerem, as dez estruturas sindicais envolvidas na negociação decidiram hoje avançar com o pedido de negociação suplementar, que terá que acontecer num prazo limite de 15 dias úteis, de acordo com o disposto na lei.

"As organizações sindicais subscritoras, face ao desacordo verificado, requereram a realização de negociação suplementar relativa ao processo de recomposição da carreira, deixando claro que tal negociação se refere à satisfação da obrigação legal imposta pela Lei do Orçamento do Estado de 2018", lê-se no comunicado dos sindicatos hoje divulgado.

As estruturas lembram, no entanto, que o processo em curso é ainda em resposta ao cumprimento do estipulado no OE2018, uma vez que a negociação a que o Governo ficará obrigado com os sindicatos pelo disposto no OE2019 apenas vigora a partir de 01 de janeiro, se o Presidente da República promulgar a lei do orçamento, ainda em apreciação.

"Na reunião que vier a ser marcada (a marcação é obrigatória), as organizações sindicais de docentes entregarão ao governo uma proposta conjunta de recuperação do tempo de serviço", lê-se ainda no comunicado.

Questionado hoje, à margem de um evento dedicado à reprogramação de fundos comunitários afetos ao Programa Operacional Capital Humano (POCH), o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, disse à Lusa que o Ministério não queria "acrescentar nada" sobre o andamento do processo, uma vez que aguardava ainda a decisão dos sindicatos sobre o pedido de negociação suplementar.

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  • Jorge
    13 dez, 2018 Seixal 15:57
    A rapaziada, comandada pelo capanga de bigode, já não exige? Agora pede? Alguma coisa mudou! Pois, o orçamento geral do estado já foi aprovado na especialidade. Segundo ouvi dizer, os srs. professores foram aconselhados a diminuir a assiduidade e o insucesso escolar antes das exigências, não fossem eles dos funcionários públicos mais bem pagos pelo estado, para as horas que trabalham a lecionar.
  • STOP
    13 dez, 2018 STOP 09:40
    É altamente duvidoso que sirva para alguma coisa, a não ser para cumprir os formalismos legais, que resultados não devem ser nenhuns. Comecem mas é a pensar numa nova greve às avaliações e exames, principalmente agora que o Tribunal deliberou contra o governo na questão dos serviços mínimos e portanto o Costa se repetir as façanhas do ano passado e convocar serviços mínimos- que costumam ser máximos - os professores podem mostrar-lhe o dedo do meio e ele que avance para a requisição civil - estou curioso de ver a fundamentação - , que atendendo ao burnout da classe, acho que todos vão meter atestado médico para essa altura e ele que instaure 140000 processos disciplinares ou faça passagens administrativas.

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