14 dez, 2018 - 10:19
Os estivadores chegaram a acordo com os operadores portuários para a integração de 56 trabalhadores no Porto Setúbal, avança a agência Lusa, apontando como fonte estivadores daquela estrutura portuária.
As mesmas fontes confirmaram que o acordo já foi aprovado pelos trabalhadores eventuais que se recusam a apresentar ao trabalho desde o dia 5 novembro.
Ministra fala às 11h30
A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, convocou para as 11h30, uma conferência e imprensa sobre a situação dos estivadores precários do porto de Setúbal.
Os estivadores precários, que representam mais de 90% da mão-de-obra disponível no porto de Setúbal, recusam apresentar-se ao trabalho desde o dia 5 de novembro como forma de pressão para que lhes seja reconhecido o direito a um contrato de trabalho.
A recusa destes trabalhadores em se apresentarem ao trabalho, o que tecnicamente nem pode ser considerada como uma greve, porque não têm qualquer relação contratual com as empresas do porto de Setúbal, já inviabilizou a exportação de mais de 20.000 viaturas produzidas pela Autoeuropa.
Devido à paralisação do porto de Setúbal, a Autoeuropa tem milhares de viaturas parqueadas na Base Aérea do Montijo, no âmbito de um acordo entre a Autoeuropa e a Força Aérea Portuguesa.
No passado sábado, em entrevista à Antena 1/Jornal de Negócios, a ministra do Mar disse que já existia um acordo entre sindicato e empresas privadas do porto de Setúbal "para aumentar substancialmente o número de pessoas" efetivas, adiantando que a próxima reunião seria "para fechar um acordo".
Na ocasião, Ana Paula Vitorino considerou "excessivo e incompreensível" o número de trabalhadores eventuais no porto de Setúbal.
"Aquilo que se passa a nível nacional, que é muito semelhante aos indicadores que existem a nível internacional, é que existem dois terços de efetivos e um terço de trabalhadores eventuais para fazer face aos picos", disse a ministra.
"No entanto, em Setúbal existe uma situação que é ao contrário, em vez de haver dois terços de efetivos existem dois terços de trabalhadores eventuais, o que é de facto excessivo e incompreensível", apontou Ana Paula Vitorino.
[notícia atualizada às 10h20]