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Demitido diretor da CP que alertou para riscos de se adiar manutenção

17 dez, 2018 - 07:45

Responsável alegou que esta decisão da CP pode pôr em causa a segurança dos passageiros, mas a empresa rejeitou as acusações.

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A CP demitiu o diretor de material circulante. Trata-se de José Ponte Correia, um destacado militante socialista no setor ferroviário, que foi exonerado depois de se ter manifestado contra o prolongamento do ciclo de manutenção das automotoras elétricas em mais 300 mil quilómetros.

Segundo o jornal “Público”, a administração decidiu que a manutenção das Unidades Triplas Elétricas (UTE) seria feita aos dois milhões de quilómetros em vez dos 1,7 milhões.

O responsável alegou que esta decisão da CP pode pôr em causa a segurança dos passageiros, mas a empresa rejeitou as acusações.

Escreve o jornal escreve que com a atual falta de material da CP - que tem provocado inúmeras supressões de comboios - a manutenção das Unidades Triplas Elétricas significaria imobilizar uma das frotas mais importantes da CP e lançar o caos, sobretudo no serviço regional.

As UTE são responsáveis pelo serviço Tomar-Lisboa e pelos regionais das linhas do Norte, Beira Alta, Beira Baixa e ainda Figueira da Foz-Coimbra. Substituem também os Intercidades para Évora quando a CP não tem máquinas e carruagens para os realizar.

Esta é a segunda demissão, em menos de uma semana, de responsáveis no sector dos transportes. Antes tinha sido conhecida a exoneração do administrador da Soflusa responsável pela operação dos barcos.

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  • António dos Santos
    17 dez, 2018 22:50
    Isto é uma vergonha!!! Então vem um HOMEM sério, dizer a verdade e é logo demitido pela escumalha da administração da CP. O Governo se fosse minimamente sério, demitia de imediato a administração da CP e colocava no ligar
  • Cidadao
    17 dez, 2018 Lisboa 15:44
    Paga-se caro por se dizerem as verdades, neste País. Vale tudo para ocultar o estado calamitoso da CP e as responsabilidades dos políticos que superintenderam neste dossier. Se alguém aparece a dizer a verdade... Fogo nele! O PR que até num descarrilamento de eléctrico esteve presente, devia intervir também neste caso, que potencialmente é muito mais perigoso que um eléctrico desgovernado

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