17 dez, 2018 - 12:03 • João Cunha , Cristina Nascimento
Manuel Velloso, antigo inspetor de Bombeiros e ex-diretor de Operações do Serviço Nacional de Bombeiros e Proteção Civil, acusa a NAV e o 112 de "amadorismo", depois do que já se conhece sobre a tragédia ocorrida em Valongo, com a queda de um helicóptero do INEM.
Em declarações à Renascença, Manuel Velloso questiona: "Porque é que a NAV tentou entrar em contacto com os Comandos Distrtitais?”. A pergunta é retórica. “Não tem cabimento nenhum”, responde.
Velloso considera que os contornos desta caso revelam “amadorismo” e “desconhecimento absoluto da forma como os sistemas funcionam e como é que se articulam na proteção de pessoas e de bens”.
“É tudo muito grave, muito preocupante”, remata.
No passado sábado, um helicóptero do INEM caiu, depois de ter prestado socorro a uma doente. Há várias questões por esclarecer em torno deste caso, nomeadamente, as duas horas de hiato entre o momento de desaparecimento do aparelho e o avanço do socorro para o local do acidente.
Esta segunda-feira é dia de luto municipal em Macedo de Cavaleiros, em homenagem às quatro vítimas mortais do incidente. A investigação preliminar indica que o helicóptero terá colidido com uma antena emissora. O Governo ordenou um inquérito urgente.
Em comunicado, o Instituto Nacional de Emergência Médica informa, por outro lado, que o serviço de helitransporte vai retomar a sua actividade normal, esta segunda-feira de manhã, com um novo aparelho.