17 dez, 2018 - 14:06 • João Carlos Malta
Um ano depois do anúncio, começou esta segunda-feira o realojamento das famílias do bloco 10 do Bairro da Jamaica, no Seixal. São 64 famílias, num total de 187 pessoas, que em três dias conhecerão uma nova casa, num investimento público de pouco mais de 3,6 milhões de euros.
O bloco 10 é o prédio em piores condições do Vale do Chicharro, conhecido como bairro da Jamaica.
Para o realojamento destas pessoas houve a aquisição e reabilitação de 64 frações, que vão acolher 187 pessoas.
O processo de realojamento deste lote representa um investimento total de 3.616.050 euros, dos quais a câmara irá suportar 2.688.827 euros e o Estado 1.627.222,50 euros.
Esta segunda-feira irá proceder-se à mudança de 21 famílias para habitações em vários locais do concelho e seguir-se-ão mais duas fases nos próximos três dias. Amanhã serão realojadas mais 21 famílias e no dia 19 de dezembro as restantes 22.
“O objetivo final deste acordo firmado entre as partes é a integração destas famílias na malha urbana do concelho, evitando a criação de novos bairros sociais e ajudando estas pessoas a iniciar uma nova vida com os direitos e as responsabilidades comuns a todos os cidadãos”, escreve a Câmara do Seixal em comunicado.
Primeiro passo
A reabilitação do bairro não ficará por aqui. Este é apenas o primeiro momento de realojamento das 234 famílias que vivem no bairro.
No ano passado, a 22 de dezembro foi assinado um Acordo de Colaboração entre a Câmara Municipal do Seixal, o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana e a Santa Casa da Misericórdia do Seixal, que foi homologado pelo ministro do Ambiente e pela secretária de Estado da Habitação, com vista à resolução da situação de grave carência habitacional existente em Vale de Chícharos.
Este acordo visa o realojamento das 234 famílias recenseadas e tem um investimento total previsto de 15 milhões de euros.
Os cerca de cinco hectares de terreno foram abandonados pelo proprietário no final dos anos 1980. O banco executou uma hipoteca, o terreno mudou mãos e a ocupação ilegal foi feita nos anos de 1990.
Os prédios foram construídos, mas não concluídos. A situação social foi-se degradando desde então: há falta de segurança, criminalidade, poucas condições de higiene, de esgotos e de iluminação pública.