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Tancos. PJ detém oito suspeitos e interroga militar

17 dez, 2018 - 09:11

Em causa estão eventuais crimes de associação criminosa, furto, detenção e tráfico de armas, terrorismo internacional e tráfico de estupefacientes, refere a Judiciária.

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A Polícia Judiciária (PJ) deteve, esta segunda-feira de manhã, oito suspeitos, todos civis, relacionados com o caso do furto de Tancos e realizou, desde as primeiras horas, dezenas de buscas nas zonas Centro e Sul do país.

De acordo com um comunicado enviado pela PJ à Renascença, os detidos serão presentes ao Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa para aplicação das medidas de coação.

“Em causa estão factos suscetíveis de integrarem crimes de associação criminosa, furto, detenção e tráfico de armas, terrorismo internacional e tráfico de estupefacientes”, refere ainda o documento.

Na operação, designada “Húbris II” e que decorreu no âmbito inquérito dirigido pelo Ministério Público, participaram 85 investigadores e três magistrados deste organismo judicial, que investiga as circunstâncias em que ocorreu o furto de material de guerra, entre a noite do dia 27 e a madrugada do dia 28 de junho de 2017, no Paiol de Tancos.

“O inquérito encontra-se em segredo de Justiça”, sublinha a Polícia Judiciária no comunicado, de acordo com o qual o processo corre “no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP)”, sendo o Ministério Público “coadjuvado pela Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária, a qual conta com a colaboração de diversas unidades da PJ”.

A notícia das detenções e das buscas foi primeiro avançada pela revista “Sábado”, segundo a qual entre os novos detidos está um militar, suspeito de transmitir informação aos autores. O Exército veio entretanto esclarecer que o militar não se encontra detido, tendo acompanhado "voluntariamente" a Judiciária, a fim de ser "inquirido" depois de ter recebido um "mandato de comparência imediata".

A “Sábado” diz ainda que, com esta operação, a PJ pretende “fechar o circuito à volta de Tancos”. O “Diário de Notícias” afirma, por seu lado, que “o alvo das autoridades são cerca de uma dezena de suspeitos de terem estado envolvidos direta ou indiretamente no assalto aos paióis”.

O furto do material militar, entre granadas, explosivos e munições, dos paióis de Tancos foi noticiado em 29 de junho de 2017.

Em setembro, a investigação do Ministério Público à recuperação do material furtado, designada "Operação Húbris", levou à detenção para interrogatório de militares da Polícia Judiciária Militar e da GNR e foi nessa altura que o CDS anunciou a comissão de inquérito, aprovada apenas com a abstenção do PCP e do PEV.

A comissão tem o prazo de 180 dias, até maio de 2019, prorrogável por mais 90, para chegar a conclusões

[Notícia atualizada às 18h00]

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  • 17 dez, 2018 10:24
    Ui Ui!

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